Se classificados na etapa regional, os jovens garantirão vaga para fase nacional do Torneio de Robótica da FIRST Lego League, que será de 6 a 8 de março, em São Paulo
Sete
alunos do SESI de Campina Grande (PB) estão no Distrito Federal para
disputar etapa regional do Torneio de Robótica da FIRST Lego League
(FLL). A equipe da cidade concorrerá, nesta sexta-feira (7) e sábado
(8), com outros 26 grupos da capital federal, Mato Grosso, Mato Grosso
do Sul e de Sergipe. As três mais bem classificadas garantirão vaga para
a fase nacional do torneio, que será de 6 a 8 de março, em São Paulo.
No torneio, os estudantes vão cumprir provas de programação de robôs e
apresentar soluções projetadas para melhorar a vida nas cidades.
A equipe “Mega Destemidos”, formada por Auanny Silva Braga (16),
Brunelize Gomes Pedrosa Barbosa (15), Carolina Alves de Sá (15), Ivysson
Fernandes de Queiroz Uchôa (16), Lohan Floro da Rocha (16), Sabrina
Lima Vasconcelos (16) e Sara Vitória Chaves Silva (15), vai exibir um
projeto para ajudar pessoas com mobilidade restrita, como pessoas com
deficiência e idosos, a terem mais autonomia na hora de pegar transporte
público.
A ideia é construir um aparelho nas paradas de ônibus que vai enviar
mensagem aos motoristas avisando da condição do passageiro, por meio de
luzes e radiofrequência. A comunicação, explica a aluna Sabrina
Vasconcelos, será feita por caixas – uma instalada no ponto e outra no
veículo.
Guiada por piso tátil na parada, a pessoa vai apertar botão,
indicando a particularidade. O sinal será enviado ao motorista, que já
chegará ao ponto preparado para receber o passageiro.
“Fizemos uma média de distância entre um ponto e outro e dá entre 250
a 500 metros. Vamos usar o modo de radiofrequência, com diâmetro menor
em cada ponto. Assim, quando o ônibus entrar nesse diâmetro da
frequência, o motorista será avisado”, detalha Sabrina.
O protótipo ainda está em desenvolvimento, mas os alunos fizeram uma
importante pesquisa. Os membros do Instituto dos Cegos, em Campina
Grande, foram mentores nesse projeto, dando dicas de acessibilidade e de
como aprimorar a ideia.
“A maior dificuldade relatada pelos deficientes visuais é na hora de
pegar ônibus. Essa dificuldade também foi lembrada pelas pessoas idosas e
cadeirantes. Como pego ônibus no dia a dia, eu também vejo isso”, conta
Sabrina.
Caso
seja selecionada no DF, a equipe da Sabrina se junta à “Destemidos”,
também do SESI local e já classificada para a etapa nacional. Este grupo
conseguiu o feito com um projeto de placas autônomas que geram energia
para iluminação pública. A inovação dos alunos Maria Vitória Alvino
Pereira (15), Marcos Lima da Cunha (15), David Henrique Pereira da Silva
(15), Júlio Cesar Veloso Farias (15) e Anderson Queiroz Barbosa Costa
(16), atualizou o modelo utilizado em calçadas, que, ao serem pisadas,
armazenam energia para acendê-las à noite.
A ideia dos alunos é expandir o uso dessas placas. “A equipe
questionou: ‘Por que não usar em faixas de pedestres, para quando faltar
energia?’”, conta a técnica da equipe, Fernanda de Souza Sales Mendes. A
energia virá da pressão das pessoas e dos veículos que passarem pela
faixa.. “Depois de armazenada, essa energia será utilizada para acender
lâmpadas e semáforos”, completa a professora.
Segundo o projeto dos estudantes, a placa seria implantada logo após a
linha de retenção da faixa, que teria função de captar energia cinética
para armazenar energia na bateria. Após esse processo, ela seria
distribuída para os postes de LED e semáforos.
Após o veículo ou a pessoa sair de cima dessa placa pressionada, ela
subirá novamente com um sistema de borracha na parte interna da placa.
Por não possuir ligação direta com a rede de abastecimento, a ideia vai
diminuir a taxa de iluminação pública. Além disso, em casos de apagões,
as lâmpadas e semáforos continuariam funcionando a partir de energia
limpa.
O projeto ainda está em fase de desenvolvimento. O conceito da ideia
está pronto, a fase agora é de desenvolver um protótipo para levar para a
etapa nacional. Para a professora Fernanda, é um “privilégio” estar à
frente da equipe nesse momento importante. “Vamos para essa etapa como
se fosse o início. Não é porque passamos da regional para a nacional que
vamos dar menos, vamos dar o nosso melhor”, avisa a professora.
A competição
O Torneio de Robótica FIRST LEGO League reunirá 100 equipes formadas por estudantes de 9 a 16 anos e promove disciplinas, como ciências, engenharia e matemática, em sala de aula. Até 16 de fevereiro, haverá as disputas regionais. Os melhores times garantem vaga na etapa nacional, que ocorre em março, em São Paulo.
O Torneio de Robótica FIRST LEGO League reunirá 100 equipes formadas por estudantes de 9 a 16 anos e promove disciplinas, como ciências, engenharia e matemática, em sala de aula. Até 16 de fevereiro, haverá as disputas regionais. Os melhores times garantem vaga na etapa nacional, que ocorre em março, em São Paulo.
O objetivo é contribuir, de forma lúdica, para o desenvolvimento de
competências e habilidades comportamentais exigidas dos jovens. Todo
ano, a FLL traz uma temática diferente. Em 2020, os competidores terão
que apresentar soluções inovadoras para melhorar, por exemplo, o
aproveitamento energético nas cidades e a acessibilidade de casas e
prédios.
O diretor de Operações do Departamento Nacional do SESI, Paulo Mol,
ressalta que a elaboração dos projetos estimula a autonomia e o trabalho
em equipe e contribui para a formação profissional dos alunos. “A
questão do empreendedorismo é a base de todo o processo. Nesse torneio,
uma das avaliações que é extremamente importante é a capacidade de
empreender, de buscar coisas novas, de fazer com que o produto seja
desenvolvido”, atesta.
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