Projeto concorre no principal torneio de robótica do país, que ocorrerá em São Paulo, no início de março
Quatro
alunos do SESI de Brusque criaram um sistema que alerta os motoristas
quando deficientes visuais estiverem prestes a atravessar as ruas. O
projeto é uma das 100 soluções tecnológicas selecionadas para participar
da etapa nacional do Torneio de Robótica FIRST Lego League (FLL), que
será disputado em São Paulo, no início de março.
Técnico da equipe, Claudio Lima conta que a ideia surgiu após uma
pesquisa feita pelo grupo revelar que mais de 30% das pessoas dizem não
parar na faixa por não perceberem que há pedestres para cruzar uma
avenida.
“Essa situação é pior com o deficiente visual, porque eles não
percebem quando o carro está vindo. Então, o projeto tenta melhorar a
comunicação entre pedestre e motorista, permitindo uma travessia mais
segura”, explica Lima.
O projeto consiste em um poste luminoso, de aproximadamente dois
metros de altura, em que o pedestre aperta um botão e a iluminação chama
a atenção do motorista. O condutor deve saber, naquele momento, que tem
alguém tentando atravessar a rua. O treinador deixa claro que o
equipamento não tem a mesma função de um semáforo, de controlar o
trânsito, por exemplo.
Este ano, os competidores terão que apresentar soluções para
melhorar, por exemplo, o aproveitamento energético nas cidades e a
acessibilidade de casas e prédios. Mentor do grupo, o aluno Henrique
Dorow, de 12 anos, se orgulha do projeto e avalia que o tema desta
edição do torneio dá mais liberdade para a criatividade dos
participantes. “Eu gostei bastante do tema. Dá bastante espaço para as
equipes pensarem no que quiser para melhorar a vida das pessoas dentro
das cidades”, opina o aluno do 7° ano do ensino fundamental.
A competição
O Torneio de Robótica FIRST LEGO League reunirá 100 equipes formadas
por estudantes de 9 a 16 anos e promove disciplinas, como ciências,
engenharia e matemática, em sala de aula. O objetivo é contribuir, de
forma lúdica, para o desenvolvimento de competências e habilidades
comportamentais exigidas dos jovens.
O diretor de Operações do Departamento Nacional do SESI, Paulo Mol,
ressalta que a elaboração dos projetos estimula a autonomia e o trabalho
em equipe e contribui para a formação profissional dos alunos. “A
questão do empreendedorismo é a base de todo o processo. Nesse torneio,
uma das avaliações que é extremamente importante é a capacidade de
empreender, de buscar coisas novas, de fazer com que o produto seja
desenvolvido”, atesta.
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