sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Alunos do SESI de Brusque (SC) criam poste luminoso que facilita travessia de deficientes visuais

Projeto concorre no principal torneio de robótica do país, que ocorrerá em São Paulo, no início de março

Foto: Divulgação

Quatro alunos do SESI de Brusque criaram um sistema que alerta os motoristas quando deficientes visuais estiverem prestes a atravessar as ruas. O projeto é uma das 100 soluções tecnológicas selecionadas para participar da etapa nacional do Torneio de Robótica FIRST Lego League (FLL), que será disputado em São Paulo, no início de março.
Técnico da equipe, Claudio Lima conta que a ideia surgiu após uma pesquisa feita pelo grupo revelar que mais de 30% das pessoas dizem não parar na faixa por não perceberem que há pedestres para cruzar uma avenida.
“Essa situação é pior com o deficiente visual, porque eles não percebem quando o carro está vindo. Então, o projeto tenta melhorar a comunicação entre pedestre e motorista, permitindo uma travessia mais segura”, explica Lima.



O projeto consiste em um poste luminoso, de aproximadamente dois metros de altura, em que o pedestre aperta um botão e a iluminação chama a atenção do motorista. O condutor deve saber, naquele momento, que tem alguém tentando atravessar a rua. O treinador deixa claro que o equipamento não tem a mesma função de um semáforo, de controlar o trânsito, por exemplo.
Este ano, os competidores terão que apresentar soluções para melhorar, por exemplo, o aproveitamento energético nas cidades e a acessibilidade de casas e prédios. Mentor do grupo, o aluno Henrique Dorow, de 12 anos, se orgulha do projeto e avalia que o tema desta edição do torneio dá mais liberdade para a criatividade dos participantes. “Eu gostei bastante do tema. Dá bastante espaço para as equipes pensarem no que quiser para melhorar a vida das pessoas dentro das cidades”, opina o aluno do 7° ano do ensino fundamental.
A competição
O Torneio de Robótica FIRST LEGO League reunirá 100 equipes formadas por estudantes de 9 a 16 anos e promove disciplinas, como ciências, engenharia e matemática, em sala de aula. O objetivo é contribuir, de forma lúdica, para o desenvolvimento de competências e habilidades comportamentais exigidas dos jovens.
O diretor de Operações do Departamento Nacional do SESI, Paulo Mol, ressalta que a elaboração dos projetos estimula a autonomia e o trabalho em equipe e contribui para a formação profissional dos alunos. “A questão do empreendedorismo é a base de todo o processo. Nesse torneio, uma das avaliações que é extremamente importante é a capacidade de empreender, de buscar coisas novas, de fazer com que o produto seja desenvolvido”, atesta.

Marquezan Araújo

Marquezan é formado pelo Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), atuou como âncora de jornal radiofônico e locutor de programa musical. Passou por estágios na Agência Brasil e na Rádio Nacional, da EBC. Repórter da Agência do Rádio desde 2016, acompanha as movimentações do Legislativo no Congresso Nacional.

 

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