quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Grandes Enxadristas: Akiba Rubinstein


Mario Vaz Xadrez


Grandes Enxadristas: Akiba Rubinstein

Por Rafael Leitão

Akiba Rubinstein nasceu no dia 12 de outubro de 1882, em Stawiski (Polônia). Ele foi o 12º filho de um professor e falava com fluidez três idiomas: polonês, russo e alemão. Rubinstein passou a juventude na cidade de Lodz, também na Polônia, onde existia um grupo de enxadristas fortes, liderados por Georg Salwe, seu primeiro adversário mais sério.
A nível internacional, Rubinstein se fez conhecido a partir de 1906, quando conquistou a terceira colocação no torneio de Ostende (Bélgica), atrás dos renomados Schlechter e Maroczy. No ano seguinte, Akiba demonstrou evolução para vencer em Ostende, Carlsbad (República Tcheca) e o 5º torneio Pan-Russo, em Lodz.
Já na terceira rodada de São Petersburgo, em 1909, Akiba Rubinstein derrotou o então campeão mundial, Emanuel Lasker, em uma partida histórica. Por fim, ambos acabaram compartilhando a primeira posição com 14.5 em 18 rodadas, 3.5 pontos na frente do terceiro colocado. Destaque também para o torneio de San Sebastian, Espanha (1911), onde Akiba venceu José Raul Capablanca.
Entre 1907 e 1912 ficou claro que Akiba Rubinstein era o desafiante natural para o match pelo Campeonato Mundial. No entanto, sem maiores julgamentos, é possível dizer que os acordos com Lasker eram difíceis, pois não existia uma regulamentação específica para o match. Até o horário das partidas, manhã ou tarde, foi um empecilho para a realização da disputa.
Opinião de Botvinnik sobre o tema:
“Lasker, como um grande psicólogo, sabia quando deveria evitar um match (pela excelente forma do rival), e quando, por outro lado, era conveniente lutar. Assim fez com Tarrasch, Rubinstein e Capablanca. Contudo, devemos condená-lo por isso? Não existiam regras e o campeão fazia seus critérios. Nesse sentido, Lasker era diferente de Steinitz, que nunca rejeitou um desafio”.
O legado de Akiba Rubinstein
Na visão de Kasparov, “…sua importância para o desenvolvimento do xadrez foi negligenciada durante muitos anos. Ao contrário de Tarrasch e Nimzowitsch, Rubinstein não documentava suas descobertas, no entanto, o xadrez moderno é fortemente influenciado por seus conceitos, sendo considerado um dos pais da história moderna”.
Por fim, cabe mencionar a habilidade magistral que Rubinstein conduzia os finais. Além disso, suas contribuições para a teoria de aberturas são dignas de debate até os dias de hoje, em especial na: Defesa Francesa, no Gambito de Dama, na Defesa Siciliana e na Ruy Lopez

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