sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

ALAGOAS: 11 municípios têm risco de surto de dengue; secretaria de saúde intensifica ações de combate ao Aedes

Os mais de 1,6 mil agentes de endemias espalhados pelos municípios alagoanos trabalham com ações educativas durante as visitas residenciais.

Foto: Divulgação

Alagoas está entre os estados brasileiros que podem ter surto de dengue este ano, de acordo com a previsão do Ministério da Saúde. E a Secretaria de Estado da Saúde já iniciou as ações de combate ao Aedes aegypti.
No estado, há 11 municípios com altos Índices de Infestação Predial, segundo o Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa). E isso os coloca em situação de risco de surto para dengue, zika e chikungunya, doenças transmitidas pelo Aedes. 
São eles: Senador Rui Palmeira, Major Isidoro, Palmeira dos Índios, Igaci, Maribondo, Taquarana, Craíbas, Coité do Nóia, Carneiros, São Sebastião e Arapiraca.
Outros 51 municípios estão em situação de alerta e 40 com índice satisfatório. 
O gerente de Vigilância e Controle de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Saúde do Estado, Diego Pereira, conta que o estado tem acompanhado de perto esses municípios e prestado o apoio necessário com cooperação técnica e capacitação de novos profissionais para evitar o aumento de criadouros do mosquito. 
“Esses municípios que estão em situação de alerta e em situação satisfatória não podem relaxar. Eles precisam mesmo diante da situação do LIRAa estar em alerta também. Então, abram suas casas e deixem os agentes de endemia fazerem os seus trabalhos.”

Créditos: Ítalo Novaes
Os mais de 1,6 mil agentes de endemias espalhados pelos municípios alagoanos trabalham com ações educativas durante as visitas residenciais. Além disso, desenvolvem pesquisas e tratamento de eliminação de larvas e criadouros.
O tipo da dengue que mais circulou em Alagoas, no ano passado, foi o sorotipo 1. Segundo o Ministério da Saúde, neste ano, o risco está relacionado ao sorotipo 2, um vírus que não circulou muito pelo Nordeste nos últimos anos, por isso a população pode estar mais suscetível a ser infectada, segundo Cláudio Maierovitch, sanitarista da Fiocruz Brasília.
“Ele [sorotipo 2], há alguns anos, não circulava com muita intensidade pelo país e voltou a circular. E como ele estava distante muita gente era suscetível e não tinha imunidade contra ele. Tudo indica que a epidemia que foi grande em 2019 deverá continuar em 2020.”
Em 2019, Alagoas registrou mais de 27 mil casos prováveis de dengue, 2.514 de chikungunya e 1.134 de zika. Neste ano, até 18 de janeiro, foram notificados 69 casos de dengue e dois de Chikungunya. Não há notificações de zika, segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde.
E você? Já combateu o mosquito hoje? A mudança começa dentro de casa. Proteja a sua família. Para mais informações, acesse saude.gov.br/combateaedes.

Agência do Rádio

 

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