Melhores times desta fase garantem vaga na disputa nacional, que será realizada em São Paulo de 6 a 8 de março. Em Santa Catarina, 37 equipes de escolas públicas, privadas e da rede SESI SENAI participam do torneio
Quatro
equipes do SESI de Concórdia, Brusque, Blumenau e Criciúma disputam,
neste sábado (8), em Jaraguá do Sul (SC), uma vaga para a etapa nacional
do Torneio de Robótica FIRST LEGO League, o principal da categoria no
país. Entre os projetos selecionados para a etapa regional, estão um
telhado sustentável que ajuda a diminuir a temperatura em ambientes e
até um poste luminoso que facilita travessia de deficientes visuais.
Os melhores times desta etapa garantem vaga na disputa nacional, que
será realizada em São Paulo de 6 a 8 de março. Em Santa Catarina, 37
equipes de escolas públicas, privadas e da rede SESI SENAI participam do
torneio, representando 23 municípios.
A equipe “AgroRobots”, de Concórdia, desenvolveu um sistema
alternativo que permite ao usuário ter acesso a transporte e a
bicicletas públicas usando um único cartão. Segundo a estudante Ana
Clara Martello, de 15 anos, serão instalados cinco pontos de bicicletas
compartilhadas pela cidade, semelhantes ao que são encontrados em outros
locais do país. Para destravar os veículos, basta usar o mesmo cartão
utilizado para pagar o ônibus. “O nosso diferencial relacionado a essas
empresas é que a gente vai ter o transporte público integrado às
bicicletas”, explica a jovem.
A prefeitura de Concórdia gostou tanto do projeto da equipe que vai
construir ciclovias e subsidiar os equipamentos e os pontos, além de
cobrar apenas um valor simbólico de R$ 0,50 a hora para que o usuário
ande nas bicicletas. O sistema estar em funcionamento até o fim deste
mês.
Os alunos de Blumenau, da equipe “Techmaker”, desenvolveram um
projeto para reduzir as altas temperaturas em casas e prédios utilizando
materiais recicláveis e encontrados na natureza. A maioria dos telhados
verdes, segundo a estudante Rebeca Silva, de 13 anos, é composto de uma
camada de solo ou de substrato de vegetação, podendo custar até 250
reais o metro quadrado. Por isso, Rebeca ressalta que o protótipo deles
pode sair mais barato e ainda mantém a eficiência de outros tipos de
coberturas como essa.
“A gente fez um teste com um protótipo em escala reduzida que mostrou
que, no horário mais quente do dia, o telhado verde diminui em 13% a
temperatura dentro da casa. O nosso telhado com bandeja custaria, em
média, R$ 60 o metro quadrado”, revela a jovem, integrante do grupo que
conquistou o 1º lugar mundial no Prêmio Profissionalismo e Graça da FLL,
em 2019.
Concreto pigmentado
A iniciativa criada por alunos de Criciúma tem o objetivo de reduzir gastos com manutenção de faixas de pedestres. Mentora da equipe ‘Carvoeiros Robots’, a estudante Ana Julia Esmeraldino, de 15 anos, conta que a ideia surgiu a partir de pesquisas junto à administração pública da cidade. De acordo com a aluna, membros da Comissão de Obras informaram que o município tem um alto custo para manter as faixas de pedestres pintadas e pediram sugestões para baratear esse serviço.
A iniciativa criada por alunos de Criciúma tem o objetivo de reduzir gastos com manutenção de faixas de pedestres. Mentora da equipe ‘Carvoeiros Robots’, a estudante Ana Julia Esmeraldino, de 15 anos, conta que a ideia surgiu a partir de pesquisas junto à administração pública da cidade. De acordo com a aluna, membros da Comissão de Obras informaram que o município tem um alto custo para manter as faixas de pedestres pintadas e pediram sugestões para baratear esse serviço.
“Começamos a pesquisar um novo jeito de fazer com que a pintura da
faixa tivesse maior durabilidade. Entramos em contato com vários
profissionais e um deles, que mora nos Estados Unidos, disse que as ruas
de lá eram de concreto, não de asfalto. Descobrimos, então, que
poderíamos usar concreto pigmentado, que já tem a cor da sinalização”,
explica.
Já os estudantes de Brusque criaram um sistema que alerta os
motoristas quando deficientes visuais estiverem prestes a atravessar as
ruas. O projeto consiste em um poste luminoso, de aproximadamente dois
metros de altura, em que o pedestre aperta um botão e a iluminação chama
a atenção de quem está dirigindo. O condutor deve saber, naquele
momento, que tem alguém tentando, por exemplo cruzar uma avenida
movimentada. Apesar de ter um objetivo parecido, o equipamento não tem a
mesma função de um semáforo de controlar o trânsito.
“Essa situação é pior com o deficiente visual, porque eles não
percebem quando o carro está vindo. Então, o projeto tenta melhorar a
comunicação entre pedestre e motorista, permitindo uma travessia mais
segura”, explica o técnico Claudio Lima.
Laboratório para o mercado de trabalho
Para a sub-operadora regional do SESI de Santa Catarina, Estela de Sá, a competição forma jovens capacitados em novas tecnologias e prontos para o mercado de trabalho. “A participação no torneio de robótica (FLL) possibilita o aprender fazendo, onde cada estudante busca soluções inovadoras dentro da temática. Também faz com que cada um se inspire e se motive a seguir carreira nas áreas de ciência, engenharia, matemática, que o mercado tanto exige de profissionais nessa área”, garante.
A etapa nacional do Torneio de Robótica FIRST LEGO League, em março,
reunirá 100 equipes formadas por estudantes de 9 a 16 anos e promove
disciplinas, como ciências, engenharia e matemática, em sala de aula. O
objetivo é contribuir, de forma lúdica, para o desenvolvimento de
competências e habilidades comportamentais exigidas dos jovens.Para a sub-operadora regional do SESI de Santa Catarina, Estela de Sá, a competição forma jovens capacitados em novas tecnologias e prontos para o mercado de trabalho. “A participação no torneio de robótica (FLL) possibilita o aprender fazendo, onde cada estudante busca soluções inovadoras dentro da temática. Também faz com que cada um se inspire e se motive a seguir carreira nas áreas de ciência, engenharia, matemática, que o mercado tanto exige de profissionais nessa área”, garante.
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