Objetivo do colegiado é unificar matérias da Câmara e do Senado e votar texto final ainda no primeiro semestre deste ano
Os
partidos políticos começam a se movimentar no Congresso Nacional para
indicar representantes que ocuparão as cadeiras da comissão mista
especial da reforma tributária. Até o momento, o senador Roberto Rocha
(PSDB-MA) é o mais cotado para assumir a presidência do colegiado. A
relatoria, por sua vez, pode ficar com o deputado Aguinaldo Ribeiro
(PP-PB), que defende a criação de um texto comum, elaborado em conjunto
pela Câmara dos Deputados e pelo Senado.
“Com a criação da comissão mista, nós teremos a oportunidade de
deputados e senadores debaterem o texto juntos. Com isso, a ideia é
avançar com uma proposta que represente essa convergência e aprovar a
reforma ainda no primeiro semestre deste ano”, projeta o parlamentar.
“Nós chegamos a um momento diferenciado, onde o ambiente é positivo,
seja setorial ou em relação aos entes federados com a disposição de
simplificar o sistema tributário, de unificar impostos e termos,
sobretudo, um sistema mais justo, transparente e que traga segurança
jurídica”, acrescenta Ribeiro.
Duas propostas
No Congresso Nacional, tanto a Câmara dos Deputados quanto o Senado
analisam propostas que visam alterar a forma de arrecadação de tributos
no Brasil.
Os deputados apreciam a PEC 45/2019. O texto acaba com cinco tributos: IPI, PIS e Cofins, de arrecadação federal; ICMS, dos estados; e ISS, de cobrança municipal. Em substituição, seria criado o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e o Imposto Seletivo (IS). A arrecadação e a partilha seriam únicas para União, estados, municípios e Distrito Federal. Dessa forma, a cumulatividade de cobrança seria extinta, incidindo no estado de destino do produto fabricado.
Os deputados apreciam a PEC 45/2019. O texto acaba com cinco tributos: IPI, PIS e Cofins, de arrecadação federal; ICMS, dos estados; e ISS, de cobrança municipal. Em substituição, seria criado o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e o Imposto Seletivo (IS). A arrecadação e a partilha seriam únicas para União, estados, municípios e Distrito Federal. Dessa forma, a cumulatividade de cobrança seria extinta, incidindo no estado de destino do produto fabricado.
Já a PEC 110/2019, discutida por senadores, acaba com 10 tributos:
IPI, IOF, CSLL, PIS, Pasep, Cofins e Cide Combustíveis, de arrecadação
federal; o ICMS, de competência dos estados; e o ISS, de âmbito
municipal, além do Salário-Educação. Em substituição, cria o Imposto
sobre Bens e Serviços (IBS) e o Imposto Seletivo (IS). A arrecadação e a
partilha seriam únicas para União, estados, municípios e Distrito
Federal. A medida também acabaria com a cumulatividade de cobrança e
incidiria no estado de destino do produto fabricado.
Esses pontos em comum nos textos, na avaliação do deputado federal
Herculano Passos (MDB-SP), ajudam na geração de emprego e renda. Isso
porque, segundo o parlamentar, a reforma facilita a vida dos
empresários, que terão mais confiança no momento de contratar.
“Essa reforma tributária é, com certeza, fundamental para que o
empresário tenha segurança de investir e que tenha condição de pagar os
impostos de forma justa. Então, vamos defender essa mudança no formato
de tributo do nosso país”, opina Passos.
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