900 mil pessoas têm HIV no país e 2/3 desse grupo estão sendo acompanhados e fazem uso de medicações que inibem o vírus no organismo, como os antirretrovirais
Os
tratamentos médicos oferecidos nas Unidades Básicas de Saúde estão
alcançando mais pessoas que convivem com o HIV, a cada ano, no Brasil.
Dados do Ministério da Saúde mostram que 900 mil pessoas têm HIV no país
e 2/3 desse grupo estão sendo acompanhados e fazem uso de medicações
que inibem o vírus no organismo, como os antirretrovirais, que impedem o
desenvolvimento da Aids.
Além disso, no decorrer dos anos, a
assistência prestada pelo SUS proporcionou que 554 mil brasileiros
controlassem a infecção do HIV ao patamar de indetectável, ou seja, em
condições que o vírus não é mais percebido nos exames clínicos.
A especialista em Psicologia e
Coordenadora do Projeto Convivência, do Hospital Universitário de
Brasília (HUB), Eliane Maria Fleury, destaca que os esforços do
Ministério da Saúde estão garantindo qualidade vida para as pessoas com
HIV. Segundo ela, a melhoria da eficácia das medicações e dos métodos
aplicados nos tratamentos tem ajudado o Brasil no controle do HIV.
“Temos uma política pública bastante
elogiada e os medicamentos são gratuitos para qualquer cidadão. É um
tratamento que, portanto, cada dia vem evoluindo mais. A maioria [das
pessoas com HIV] tem estado bem, podendo trabalhar, namorar, ter sua
família, desenvolver seus projetos de vida.”
Vale lembrar que das 900 mil pessoas que
convivem com HIV no país, 135 mil não sabem que têm a doença, segundo
estimativa do Ministério da Saúde.
Por isso, as autoridades alertam que, em
caso de dúvidas, ou seja, se esteve em relações sexuais desprotegidas, a
melhor alternativa é realizar teste rápido de diagnóstico para o HIV,
disponível nas Unidades Básicas de Saúde e, assim, iniciar o tratamento,
o quanto antes.
O especialista de Doenças Infecciosas,
da Faculdade de Medicina, da Universidade de São Paulo (USP), Aluísio
Segurado, reitera que as terapias e medicação de controle do HIV não
podem ser abandonados. Ele explica, que o abandono da medicação deixa as
pessoas, que convivem com o HIV, vulneráveis, com risco do quadro
clínico avançar para a Aids, doença causada pelo vírus.
“Imagine essas pessoas diagnosticadas
com HIV que não sentem absolutamente nada e que são orientadas a começar
aquele tratamento e tomar o remédio para sempre. Há momentos da vida em
que a pessoa tem dificuldade de continuar tomando aquele medicamento.
Ela esquece. É um tratamento que não pode ser interrompido. Se
interromper o tratamento, a evolução da infecção vai voltar e essa
pessoa, se não tomar medicamentos, vai evoluir para Aids. E é aquilo que
não queremos.”
Proteja-se! Usar camisinha é uma
responsa de todos. Se notar sinais de uma infecção Sexualmente
Transmissível (IST), procure uma unidade de saúde e informe-se. Saiba
mais em: saude.gov.br/ist. Ministério da Saúde, Governo Federal. Pátria
Amada, Brasil.
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