quarta-feira, 8 de abril de 2020

ES: Empresa fornecerá ao governo estadual aparelhos respiratórios a baixo custo para combater coronavírus

Enquanto unidade custa até R$ 60 mil, setor público vai pagar cerca de R$ 10 mil por cada equipamento produzido pela Vent Logos e utilizado por pacientes com Covid-19

Foto: Arquivo/SENAI

O estado ganhou mais um aliado no combate à pandemia de Covid-19. A empresa Vent Logos, especializada em aparelhos respiratórios, vai fornecer, inicialmente, 135 ventiladores pulmonares ao governo capixaba a um preço cinco vezes menor que o praticado no mercado. Enquanto a unidade custa entre R$ 50 mil e R$ 60 mil, o setor público vai pagar cerca de R$ 10 mil por cada equipamento, utilizado no tratamento de pacientes com quadro respiratório severo causado pelo coronavírus. Eles podem ser úteis, inclusive, em casos de emergência, no transporte de pessoas até o hospital.
Isso foi possível graças à intermediação feita pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), juntamente com o Movimento Capixaba pela Inovação (MCI). O vice-presidente de Inovação e Tecnologia da Findes, Luciano Raizer, explica que esses aparelhos são considerados de fácil uso e são homologados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Esses equipamentos são usados no tratamento de doentes crônicos que precisam fazer a ventilação pulmonar. Ou seja, é um respirador artificial. É uma máquina que precisa ter precisão e muito controle, para que possa sustentar a vida de um paciente que está com dificuldade de respiração, como o que acontece com as vítimas da Covid-19”, aponta. 



Ainda segundo Raizer, também foram feitas parcerias com outras empresas para ampliar a capacidade de produção dos ventiladores pulmonares, já que uma única companhia não teria condições de atender toda a demanda do estado. 
“Nós nos relacionamos com indústrias metalmecânicas que têm centros de usinagens e ajudariam com o fornecimento de componentes para a fabricação dos produtos. A montagem, aferição e teste dos ventiladores ficaram por conta de uma das instalações do SENAI, em Vitória”, afirma. 
No país, a estimativa é que existam, atualmente, pouco mais de 65 mil ventiladores espalhados na rede privada e no Sistema Único de Saúde (SUS). Até o momento, segundo dados da LifesHub Analytics e da Associação Catarinense de Medicina (ACM), mais de 3,6 mil ventiladores pulmonares estão fora de operação, seja porque foram descartados ou porque têm necessidade de manutenção.
Edital de inovação 
Para amenizar em todo país os efeitos da Covid-19 e proteger quem produz e quem consome, o SENAI lançou o Edital de Inovação para a Indústria, que prevê, por exemplo, a recuperação de aparelhos danificados e a aquisição e produção de materiais essenciais para o enfrentamento da crise, como álcool em gel e máscaras.
“A nossa atuação será no suprimento de problemas, como os testes rápidos para a detecção da doença. No isolamento, ter uma gama ampla desses testes vai ser de grande importância, bem como a fabricação de ventiladores (respiradores). Estamos focando em ações do Sistema Indústria que vão ao encontro das necessidades da sociedade, do país e da indústria brasileira”, afirma o diretor geral do SENAI, Rafael Lucchesi, que reforça a importância de “salvar vidas”.
O investimento disponível para empresas e startups chega a R$ 30 milhões, se somadas as duas chamadas da licitação, e cada projeto poderá captar até R$ 2 milhões. Os resultados devem ser apresentados em até 40 dias. Para participar do edital de inovação, as proposições podem ser realizadas por meio do Whatsapp, no número (61) 99628-7337 ou pelo e-mail combatecovid19@senaicni.com.br.
As iniciativas da Findes e do SENAI fazem parte da campanha nacional “A indústria contra o coronavírus”, que também conta com a participação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Serviço Social da Indústria (SESI), o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e as Federações das Indústrias dos demais estados e do DF. Mais informações podem ser acessadas nas redes sociais de cada entidade



Marquezan Araújo

Marquezan é formado pelo Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), atuou como âncora de jornal radiofônico e locutor de programa musical. Passou por estágios na Agência Brasil e na Rádio Nacional, da EBC. Repórter da Agência do Rádio desde 2016, acompanha as movimentações do Legislativo no Congresso Nacional.

 

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