Desde setembro de 2019, por meio do decreto 10.024, estados e municípios são obrigados a realizar pregões eletrônicos para aquisição de bens e serviços
Desde
setembro de 2019, por meio do decreto 10.024, estados e municípios são
obrigados a realizar pregões eletrônicos para aquisição de bens e
serviços. Com a quarentena imposta pela Covid-19, uma dessas
ferramentas, o Portal de Compras Públicas, passou a oferecer uma
condição especial para as contratações relacionadas ao combate do
coronavírus. Todas as transações estão isentas de taxa, o que ajuda as
Prefeituras e aquece o mercado de fornecedores, prejudicado pelo
distanciamento social.
O Portal de Contas Públicas é uma plataforma na internet em que os
municípios executam processos licitatórios de contratação de bens e
serviços. Lá as Prefeituras publicam a necessidade de compra e os
fornecedores são informados e participam do pregão eletrônico. Ao
contrário do leilão, onde o maior lance vence, esse processo de compra é
contratado de quem oferece o menor preço. O serviço garante que os
municípios possam sanar suas necessidades gastando o mínimo possível, dá
ampla concorrência aos fornecedores e garante transparência aos
negócios do estado.
Segundo o diretor-executivo do Portal, Leonardo Ladeira, essa nova
condição foi a maneira encontrada para ajudar tanto os municípios quanto
as empresas neste período de emergência de saúde pública.
“Para nos unirmos ao esforço de combate à Covid-19, todas as compras
emergenciais que são possíveis a partir do momento em que foi declarado o
estado de emergência no país estão franqueadas de participação. A taxa
que você teria que pagar para participar está franqueada para o
fornecedor. Então, nem o estado nem o fornecedor pagam para participar.”
A medida, além de ajudar os municípios que precisam de bens e
serviços com urgência, gera também o aquecimento da economia para um
mercado afetado pela quarentena, como explica Ladeira.
“Você diminui o obstáculo financeiro que, por menor que seja, sempre
existe na participação do processo e fomenta [o mercado]. Como é um
processo eletrônico, você consegue fazer isso de dentro da sua casa.
Você consegue se manter aquecido neste momento de quarentena pelo país
afora, quando há dificuldade de deslocamento e pessoas tem que operar
com porta fechada. Essa é uma operação que a empresa pode continuar
fazendo sem quebrar a quarentena. Ou seja, manter a economia girando
para segmentos que não necessariamente estariam ativos.”
Desde o dia 6 de abril, municípios com mais de 15 mil habitantes que
recebem repasses da União são obrigados a fazer a contratação por meio
de pregões eletrônicos, objetivando maior transparência e ampla
concorrência. A partir de 1º de julho, todos os municípios, inclusive
aqueles com menos de 15 mil habitantes, entram na regra.
Reportagem, Marquezan Araujo.
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