Nesta quarta-feira (20), o Ministério da Saúde publicou as novas orientações a respeito do tratamento de pacientes com Covid-19 no âmbito do Sistema Único de Saúde.
Nesta
quarta-feira (20), o Ministério da Saúde publicou as novas orientações a
respeito do tratamento de pacientes com Covid-19 no âmbito do Sistema
Único de Saúde. A recomendação é de que os profissionais de saúde passem
a utilizar os medicamentos Cloroquina, Azitromicina e Sulfato de
Hidroxicloroquina em pacientes em casos leves, moderados e graves para
deter a doença.
Segundo o médico infectologista, José David Urbaez, não existe até o
momento nenhuma evidência “séria para que se coloque a Cloroquina e a
Azitromicina como medicamentos de uso rotineiro e como protocolo de
tratamento antiviral na Covid-19”. O médico afirma que existem trabalhos
e estudos “que comprovam, por um lado que esse tipo de remédio não tem
efeito antiviral e, por outro lado, o fato mais grave que é um
medicamento com efeitos adversos potencialmente letais”, explicou
Urbaez.
O próprio Ministério da Saúde ressalta que apesar de até o momento
não existirem evidências científicas robustas que possibilitem a
indicação de terapia farmacológica específica para a Covid-19, o Governo
Federal também entende que não existe, até o momento, outro tratamento
eficaz disponível para combater o coronavírus, visto que existem
diversos estudos e a larga experiência do uso da Cloroquina e da
Azitromicina no tratamento de outras doenças infecciosas e de doenças
crônicas no âmbito do Sistema Único de Saúde.
Para o médico infectologista, Anastácio Queiroz, todo medicamento tem
efeito colateral “e a Cloroquina e a Hidroxicloroquina não são
diferentes dos outros. Entendo também que os trabalhos têm mostrado
efeitos benéficos da Hidroxicloroquina associada à Cloroquina”. Por
isso, o infectologista ressalta que é importante enfatizar que “essa é
uma medicação usada há 70 anos, não estamos usando uma medicação
descoberta ontem. É uma medicação usada há muito mais que esses 70 anos
no combate à malária”, concluiu.
Os dois especialistas ouvidos pela reportagem, defendem critérios
científicos como o principal ponto para decisões médicas. E segundo a
definição do Ministério da Saúde, a prescrição dessas medicações fica a
critério do médico, sendo necessária também a vontade declarada do
paciente, com a assinatura de um termo de consentimento em realizar uso
desses medicamentos. Essa prescrição da Cloroquina e Azitromicina está
condicionado à avaliação médica, com realização de avaliação do
histórico do paciente, exame físico e exames complementares, em Unidade
de Saúde.
Nenhum comentário:
Postar um comentário