Com o objetivo de fomentar e divulgar as
redes de produtores de alimentos orgânicos durante a pandemia, o
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) lançou a XVI
Campanha Anual de Promoção do Produto Orgânico.
A edição deste ano leva o slogan “Tem
alimento saudável perto de você — Alimento Orgânico, melhor para vida”. A
campanha incentiva que os consumidores busquem comprar alimentos de
produtores orgânicos de suas cidades, o que minimiza o impacto econômico
da pandemia da Covid-19. É o que explica Virgínia Lira, coordenadora de
Produção Agrícola do Mapa. “O fortalecimento desse encontro do
consumidor com os agricultores da sua região ajuda não só a fazer essa
ponte para que os alimentos cheguem na mesa dos consumidores, mas também
estimula a economia local, desenvolve uma relação benéfica para todo o
município.”
Produção orgânica x pandemia
O Ministério da Agricultura afirma não
ter dados sobre o número de produtores que tiveram os negócios
prejudicados pelas medidas de distanciamento social impostas pela
pandemia do novo coronavírus. No entanto, Virgínia Lira afirma que o
órgão acompanha esses agricultores de perto e pode notar alguns efeitos
da crise. “O processo de isolamento diminuiu os pontos de venda, o
encontro dos consumidores com os produtores. E, também, uma boa parte
dos produtores são pessoas com idade mais avançada, que estão no grupo
de risco. Por isso também precisam se proteger e se manterem isolados. É
um desafio para toda a agricultura”, afirma.
Para driblar a crise, a carioca Fátima Anselmo redirecionou a comercialização dos seus produtos orgânicos. Antes, mais de 90% era destinada para restaurantes e hotéis da capital fluminense. Com o fechamento de boa parte dos estabelecimentos devido às medidas de distanciamento social, a produtora mirou nos consumidores individuais. Segundo ela, esse tipo de venda “cresceu absurdamente”, o que compensou as perdas com os outros clientes.
“As pessoas estão preocupadas em se alimentar melhor, preocupadas com a saúde. Passaram a procurar os pequenos produtores para comprar. Rapidamente consegui redirecionar a minha produção para as residências”, conta. Produtora orgânica a mais de 20 anos, Fátima usou toda a sua experiência para conquistar mais adeptos ao que ela chama de um “conceito de vida”.
“A principal estratégia que eu usei foi conscientizar as pessoas sobre como é importante ela comprar dos pequenos, porque ela sabe a procedência, e que além de estar consumindo um produto bom, ela está contribuindo para que o pequeno produtor continue fazendo esse bom alimento chegar na casa dela.”
Para driblar a crise, a carioca Fátima Anselmo redirecionou a comercialização dos seus produtos orgânicos. Antes, mais de 90% era destinada para restaurantes e hotéis da capital fluminense. Com o fechamento de boa parte dos estabelecimentos devido às medidas de distanciamento social, a produtora mirou nos consumidores individuais. Segundo ela, esse tipo de venda “cresceu absurdamente”, o que compensou as perdas com os outros clientes.
“As pessoas estão preocupadas em se alimentar melhor, preocupadas com a saúde. Passaram a procurar os pequenos produtores para comprar. Rapidamente consegui redirecionar a minha produção para as residências”, conta. Produtora orgânica a mais de 20 anos, Fátima usou toda a sua experiência para conquistar mais adeptos ao que ela chama de um “conceito de vida”.
“A principal estratégia que eu usei foi conscientizar as pessoas sobre como é importante ela comprar dos pequenos, porque ela sabe a procedência, e que além de estar consumindo um produto bom, ela está contribuindo para que o pequeno produtor continue fazendo esse bom alimento chegar na casa dela.”
Atividade no Brasil
De acordo com o Ministério da
Agricultura, mais de 21,8 mil produtores estavam registrados no Cadastro
Nacional de Produtores Orgânicos até abril. Para aqueles que
comercializam os produtos em supermercados, restaurantes, lojas, e
indústrias, por exemplo, exige-se uma certificação, que pode ser obtida
junto a organizações credenciadas pelo próprio ministério. Neste caso, o
produto vai com um selo federal do SisOrg no rótulo.
Quando o agricultor familiar
comercializa o produto diretamente para o consumidor, por exemplo, ele
fica dispensado da certificação. No entanto, o produtor só pode vender
em feiras ou para serviços do governo, como merenda. Para isso, deve
fazer um cadastro no site do Mapa para receber do ministério uma
declaração de cadastro.
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