Valor final do orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) depende de uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU)
Os
brasileiros poderão perceber a conta de luz mais cara a partir de 2020.
O reajuste previsto tem uma média de 2,42%, segundo consulta pública
aberta realizada na última semana pela Agência Nacional de Energia
Elétrica, a Aneel. O aumento será sobre o orçamento para a Conta de
Desenvolvimento Energético, a CDE, que é um dos subsídios pagos pelos
consumidores de energia.
O valor final do orçamento da CDE depende de uma decisão do Tribunal
de Contas da União (TCU), que determinou a retirada da CDE de custos de
subsídios que não estejam diretamente relacionados às políticas públicas
do setor elétrico, como benefícios concedidos a atividades de irrigação
na agricultura, por exemplo.
O valor total do orçamento previsto para 2020 ficou em R$ 22,4
bilhões, montante 11% maior que 2019, quando o orçamento ficou em R$
20,2 bilhões. Desta quantia, a parte paga pelos consumidores teve um
aumento de 27% e deve passar de R$ 16,2 bilhões para R$ 20,6 bilhões.
O orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético é composto por um
conjunto de despesas que inclui a universalização do acesso à energia
por meio do programa Luz para Todos; os descontos da tarifa social de
baixa renda; os subsídios para produção de energia termelétrica nos
sistemas isolados, por meio da Conta de Consumo de Combustíveis, a CCC;
indenizações de concessões; subsídios ao carvão mineral nacional; entre
outros.
A Aneel disse ainda que esse incremento para o ano que vem foi
ocasionado pelo acréscimo nos custos da CCC, que teve um aumento de 20% e
ficou em R$ 7,5 bilhões. Esse valor tem relação com o aumento do diesel
usado nas termelétricas que atendem pontos isolados, e que não estão no
Sistema Interligado Nacional (SIN).
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