O
último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde mostra que, em
2019, o Brasil registrou mais de 130 mil casos prováveis de chikungunya –
doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. A maior incidência da
doença ocorreu na região Sudeste. Foram 103 casos por 100 mil
habitantes. Em seguida está o Nordeste, com 58 casos por 100 mil
habitantes.
Cláudio Maierovitch, médico sanitarista da Fiocruz de Brasília,
explica que a chamada febre chikungunya apareceu primeiro na América
Central e no Caribe e, posteriormente, chegou à América do Sul. No
Brasil, a doença surgiu em 2014.
“No momento inicial, nós tivemos a entrada do vírus no estado do Amapá e, quase ao mesmo tempo, na Bahia. Ele ficou restrito a regiões muito delimitadas nos anos de 2014 e 2015. Depois foi se espalhando, especialmente pela região Nordeste, onde já é considerado endêmico, ou seja, faz parte daquelas doenças que acontecem habitualmente, tendo atingido também as demais regiões do país, em especial Sudeste e Centro-Oeste.”
Os estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte concentraram 75%
dos casos prováveis de chikungunya do país em 2019. Foram mais de 85 mil
notificações no Rio de Janeiro e 13 mil no Rio Grande do Norte.
Cláudio Maierovitch afirma que os adultos são os mais afetados pelas doenças causadas pelo mosquito.
Cláudio Maierovitch afirma que os adultos são os mais afetados pelas doenças causadas pelo mosquito.
“Todas as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, nas primeiras
epidemias, costumam afetar primeiramente adultos não porque haja
preferência do mosquito, mas porque, em geral, os adultos estão mais
expostos. Na medida que a epidemia se torna maior e passa a ter dentro
de casa, a faixa etária aumenta também”.
Ao longo do ano passado, 95 óbitos já foram confirmados. As maiores
taxas de mortalidade pela doença foram observadas nas regiões
Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste.
De acordo com o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, a taxa
de mortalidade pela chikungunya foi maior entre os idosos a partir dos
60 anos de idade, e dentro dessa categoria, os que possuem mais de 80
anos foram os mais afetados.
Assim como com a dengue e a zika, é importante que todos busquem
formas de eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti. Por isso,
cuidado com água armazenada que pode se tornar criadouro, como vasos de
plantas, pneus, garrafas e piscinas sem uso e manutenção.
Você já combateu o mosquito hoje? A mudança começa dentro de casa.
Proteja a sua família. Para mais informações, acesse
saude.gov.br/combateaedes.
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