O
Brasil conseguiu evitar 2,5 mil mortes por Aids nos últimos cinco anos.
O número de óbitos pela doença caiu 22,8%, indo de 12,5 mil casos em
2014 para 10,9 mil em 2018, quando foram publicados os dados mais
recentes do Ministério da Saúde. Os dados são positivos, no entanto, o
governo acredita que 135 mil pessoas vivam com HIV no País, mas não
sabem disso.
A coordenadora-geral de Vigilância das ISTs do Ministério, Angélica
Espinosa, acredita que o fato de ser HIV positivo e não saber ocorre
porque a infecção é silenciosa e, assim, o indivíduo pode ter o vírus
por anos sem apresentar nenhum sintoma.
“Muitas vezes, a pessoa não vai ter muito sintoma aparente e nem (vai
sentir) a necessidade de ter acesso ao serviço público de saúde. O
principal desafio é orientar a população para que ela tenha consciência
do risco que corre. Precisamos incentivar as pessoas a procurarem um
serviço de saúde quando achar que pode estar contaminada.”
A notificação para infecção pelo HIV passou a ser obrigatória em
2014, assim como o tratamento para todas as pessoas que vivem com o
vírus. A medida trouxe mais acesso ao tratamento e aumento de
diagnósticos. Isso refletiu na redução de casos de Aids, situação em que
o vírus afetou o sistema imunológico e a pessoa desenvolveu a doença.
Angélica explica que, além da melhora na qualidade de vida, com o
tratamento, a pessoa que vive com HIV pode diminuir a quantidade de
vírus presente no sangue e deixar de transmitir a infecção.
De acordo com o Ministério da Saúde, a situação de infecção por HIV
no País é pior entre os jovens. 52,7% dos casos de infecção pelo vírus
são registrados em pessoas com idade entre 20 e 34 anos.
Para evitar tais complicações, a coordenadora Angélica Espinosa
destaca o fácil acesso a camisinhas e testes rápidos, disponíveis em
toda a rede do Serviço Único de Saúde, o SUS.
“O Ministério da Saúde já oferta o preservativo e o tratamento. O
serviço é oferecido juntamente com estados e municípios. A distribuição é
muito ampla. Em qualquer farmácia no Brasil tem preservativo também.
Então, além do serviço de saúde oferecer, o SUS oferecer, temos isso em
qualquer lugar, até em supermercado vende preservativo. O preservativo é
algo bem acessível.”
Sem camisinha, você assume o risco. Use camisinha proteja-se do HIV e
de outras ISTs, como Sífilis e Hepatites. Para mais informações,
acesse: saude.gov.br/ist.
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