Jovens desenvolveram uma cerâmica resistente à proliferação de fungos e bactérias, que pode evitar infecções hospitalares
Alunos
da Escola SESI/SENAI Benedito Bentes, de Maceió, vão representar
Alagoas na etapa nacional do Torneio de Robótica FIRST LEGO League
(FLL), que será realizada em São Paulo, em março. A equipe “Roboben”
ficou em segundo lugar na modalidade “Champion Awards” da seletiva
regional, disputada em Salvador, no último fim de semana.
O time apostou em um projeto para a área da saúde e elaborou um piso
que pode solucionar um problema comum em hospitais e clínicas: a
infecção por fungos e bactérias. A cerâmica especial terá componentes
químicos e biológicos, com esmaltação resistente à proliferação desses
microrganismos. “Se não fosse o torneio, não teria essa oportunidade de
colocar minha opinião em prática e lançar o que realmente é necessário”,
comenta a integrante da equipe, a aluna Gleicy Gomes, de 12 anos.
A estudante conta que ficou feliz com o resultado e que agora o foco
será na próxima etapa. “Resultado que veio com esforço e dedicação, teve
momentos felizes e de preocupação. Minha expectativa para a etapa
nacional é treinar bastante para conseguir um bom resultado”, afirma.
Equipe suplente
A equipe “Robocamb”, formada por estudantes do SESI Cambona, também de Maceió, conquistou o primeiro lugar na categoria Design Mecânico da seletiva regional e ficará na suplência para a disputa em São Paulo. O time será convocado caso haja desistências no torneio.
A equipe “Robocamb”, formada por estudantes do SESI Cambona, também de Maceió, conquistou o primeiro lugar na categoria Design Mecânico da seletiva regional e ficará na suplência para a disputa em São Paulo. O time será convocado caso haja desistências no torneio.
Os jovens desenvolveram um projeto para melhorar as estruturas das
casas, principalmente a cobertura. Isso porque, segundo os alunos, os
telhados de madeira perdem cerca de 30% da capacidade de resistência por
conta da umidade. Atentos a isso, criaram um telhado feito de raspas de
pneu, resina, fibra de vidro e um catalisador (TEEF).
“Após estudos, identificamos a problemática. Estrutura de madeiras,
de ripas, se decompõem por vários motivos, como cupim, fogo e umidade.
Várias casas, não só em Alagoas, já desabaram por isso”, justifica
Eduardo Monteiro, 14 anos, integrante da Robocamb.
Para Eduardo, estar em contato com robótica, participando de torneios
e competições, é um diferencial para conseguir uma futura vaga no
mercado de trabalho. “A competição é enriquecedora. A gente aprende
coisas que não aprenderia na sala de aula, nem na faculdade, e vamos
levar para a vida toda”, completa.
Segundo o coordenador de robótica do SESI em Alagoas, Eduardo
Cerqueira, acredita que, para a próxima etapa, os alunos classificados
precisarão mostrar equilíbrio nas áreas avaliadas na FLL. “A gente sabe
que não trata apenas de robô, mas de seres humanos. Estamos ali testando
não só os limites do robô, mas os nossos limites também”, pontua
Cerqueira.
A competição
A competição
A etapa nacional do Torneio de Robótica FIRST LEGO League reunirá 100
equipes de todo o Brasil, formadas por estudantes de 9 a 16 anos. A
ideia é promover disciplinas, como ciências, engenharia e matemática,
além da sala de aula.
As últimas disputas regionais ocorrerão nesta semana, entre 13 e 16
de fevereiro, e os melhores times garantem vaga na etapa nacional. Este
ano, os competidores terão que apresentar soluções inovadoras para
melhorar, por exemplo, o aproveitamento energético nas cidades e a
acessibilidade de casas e prédios.
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