Equipe de robótica utiliza coletores para captar e reutilizar água da chuva e placas solares para gerar energia nas instalações do SESI da cidade
Alunos de robótica do SESI de Gravataí desenvolveram um projeto que
utiliza placas solares e coletores de água da chuva para reduzir
despesas dentro da própria escola. A iniciativa de tornar o ambiente em
que estudam mais sustentável será apresentada durante o Torneio SESI de
Robótica FIRST Lego League (FLL), que ocorrerá no início de março, em
São Paulo. Este ano, os competidores terão que apresentar soluções para
melhorar, por exemplo, o aproveitamento energético nas cidades e a
acessibilidade de casas e prédios.
“Utilizamos placas solares para diminuir os gastos com energia.
Conseguimos usar essas placas também em locais como academia e pracinhas
para as crianças, tudo dentro do SESI. Com isso, a gente também
conseguiu recolher energia cinética”, explica a aluna Fernanda Sturza,
de 16 anos, uma das integrantes da equipe “Untitled”.
Segundo Guiomar de Souza, professora de matemática e técnica da
equipe, Fernanda e os colegas Emelly Padilha, Isaias Barbosa, João Vitor
da Silva, Liriel de Souza e Matheus Martins se preocuparam também em
mudar hábitos que geram desperdício, como lavar uma calçada por 15
minutos, que consome, em média, 300 litros de água.
“Eles
pensaram: ‘se vou ajudar as cidades, por que não começar pela minha
escola?’. A partir daí, elaboraram esse projeto que contemplava a
redução nos custos de energia e de água, porque eram problemas que
tínhamos na escola. Estávamos extrapolando os gastos com energia
elétrica”, afirma. A instalação do painel solar, estima Guiomar, pode
gerar uma economia de até 95% na conta de luz, além de não gerar
impactos para o meio ambiente por ser uma energia limpa.
A professora se mostra orgulhosa e conta ainda que os jovens pensaram
no projeto a partir de uma aula que tiveram sobre práticas sustentáveis
e meio ambiente. “Eles elaboraram com a instalação dessas placas
solares, sensores de luminosidade, sensores de presença em lugares que
não eram muito acessados a todo momento e coleta da água da chuva, para
ser usada nas descargas do banheiro, lavar o pátio da escola e irrigar a
horta que a gente tem”, completa Guiomar.
A competição
O Torneio de Robótica FIRST LEGO League reúne 100 equipes formadas por estudantes de 9 a 16 anos e promove disciplinas, como ciências, engenharia e matemática, em sala de aula. O objetivo é contribuir, de forma lúdica, para o desenvolvimento de competências e habilidades comportamentais exigidas dos jovens. Todo ano, a FLL traz uma temática diferente.
O Torneio de Robótica FIRST LEGO League reúne 100 equipes formadas por estudantes de 9 a 16 anos e promove disciplinas, como ciências, engenharia e matemática, em sala de aula. O objetivo é contribuir, de forma lúdica, para o desenvolvimento de competências e habilidades comportamentais exigidas dos jovens. Todo ano, a FLL traz uma temática diferente.
O diretor de Operações do Departamento Nacional do SESI, Paulo Mol,
ressalta que a elaboração dos projetos estimula a autonomia e o trabalho
em equipe e contribui para a formação profissional dos alunos. “A
questão do empreendedorismo é a base de todo o processo. Nesse torneio,
uma das avaliações que é extremamente importante é a capacidade de
empreender, de buscar coisas novas, de fazer com que o produto seja
desenvolvido”, atesta.
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