Uma
das preocupações na gravidez é identificar possíveis Infecções
Sexualmente Transmissíveis e orientar a gestante sobre as ISTs que podem
ser transmitidas ao bebê, por meio da chamada transmissão vertical.
Entre estas doenças, também transmitidas por via sexual, estão as
hepatites B e C. A hepatite B é a que mais causa doenças hepáticas
crônicas no mundo, especialmente se for adquirida via transmissão
vertical. Seu contágio se dá por via sexual ou por compartilhamento de
agulhas descartáveis, por exemplo.
Nos bebês, a transmissão pode ocorrer durante ou logo após o parto, se houver contato da criança com sangue ou líquidos da mãe.
Por conta do risco de transmissão, há um protocolo específico de
tratamento nesses casos. É o que explica a enfermeira Carla Bresse, da
Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia.
“O que a gente tem em relação à hepatite B, a gente reforça o manejo
dessa gestante. A conferência do esquema vacinal dessa gestante para que
ele seja completo e na vigência de um teste rápido positivo, a gente
recomenda o uso da imunoglobulina na criança, logo após o nascimento.
Quando é uma doença imunoprevenível, é indicado que a gestante faça um
pré-natal de qualidade com este esquema vacinal, evitando que ela se
exponha.”
Já no caso da hepatite C, a IST também é transmitida por agulhas
contaminadas e transfusão de sangue. Neste caso, a transmissão vertical é
relativamente rara, ocorre apenas de 3% a 5% dos casos. Pode se
manifestar quando a gestante tem infecção crônica ou apresenta uma
infecção aguda no terceiro trimestre da gravidez.
O método mais seguro e eficaz de se prevenir é usando o preservativo.
Sem camisinha, você assume o risco. Use camisinha e se proteja de
hepatites e de outras ISTs, como HIV e sífilis. Para mais informações,
acesse saude.gov.br/ist.
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