A cidade de Campo Grande (MS) será a segunda no país a testar uma técnica inovadora para prevenção da dengue e outras doenças carregadas pelo mosquito Aedes aegypti, como chikungunya e zika.
A
cidade de Campo Grande (MS) será a segunda no país a testar uma técnica
inovadora para prevenção da dengue e outras doenças carregadas pelo
mosquito Aedes aegypti, como chikungunya e zika. Trata-se do Método
Wolbachia, uma nova estratégia de ação do Ministério da Saúde. A
Wolbachia é um microrganismo presente em cerca de 60% dos insetos na
natureza, mas ausente no Aedes aegypti. Esse microrganismo reduz a
capacidade de o mosquito transmitir dengue, Zika e Chikungunya. Desta
forma, o Wolbachia foi inserido em mosquitos para que eles se misturem à
natureza e aos outros mosquitos e, assim, diminuam o número de casos
dessas doenças. Cerca de 2.500 profissionais de saúde, entre agentes de
endemias e agentes comunitários de saúde, estão recebendo capacitação
para atuar nas ações de vigilância, incluindo a mobilização da população
nesta nova estratégia. Nessa segunda-feira (17), o ministro da Saúde,
Luiz Henrique Mandetta, assinou o documento que formaliza a participação
de Campo Grande na iniciativa e explicou que a dengue se combate com
prevenção.
“A dengue só tem um caminho: prevenção! Se você não consegue prevenir
e, às vezes, é difícil mesmo, nosso estado tem clima tropical, chuvas
de verão, calor intenso... Todos os anos que entra o vírus que não
estava circulando, o mosquito está presente, pega carona no vírus, as
pessoas não tem imunidade e dá um número enorme de dengue”.
Durante a solenidade na capital do Mato Grosso do Sul, o ministro
Mandetta entregou 80 equipamentos (entre monitores de sinais vitais e
desfibriladores) para reforçar o atendimento à população em unidades de
saúde de 42 municípios do estado. Esses equipamentos são usados,
principalmente, na remoção de pacientes, em UTI’s, pronto-socorro e
enfermarias. Nos próximos dias, serão entregues cerca de 230
equipamentos a outros três estados: Roraima, Rondônia e Paraíba. Ao
todo, são 321 equipamentos distribuídos neste ano com investimento de
quase dez milhões de reais.
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