sexta-feira, 13 de março de 2020

Goiás tem 17 municípios com alto risco de dengue; 11 são do sul do estado

Lagoa Santa é a localidade com maior incidência de dengue, em Goiás. A cada 31 moradores da cidade, um teve dengue, nas últimas quatro semanas

Ministério da Saúde

Em Goiás, 17 municípios apresentam risco de surto de dengue. Destes, 11 são da região sul goiana. Os dados são do Sistema de Informação online, da Secretaria Estadual de Saúde. 
Lagoa Santa é a localidade com maior incidência de dengue, em Goiás, com 3,2 mil casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Isso significa que a cada 31 moradores da cidade, um teve dengue, nas últimas quatro semanas. Além disso, as cidades que estão próximas à Lagoa Santa, ao sul de Quirinópolis, por exemplo, também estão com alto risco de surto da doença transmitida pelo Aedes aegypti, como Itajá, Itarumã e Aporé.
Os municípios de Caçu, Paranaiguara e Chapadão do Céu, apresentam risco médio de surto de dengue. Em todo estado, sete pessoas morreram em decorrência da doença. Ao todo, Goiás notificou 8,6 mil casos de dengue, este ano, número que preocupa as autoridades em Saúde, principalmente porque, em 2020, o sorotipo 2 da dengue tem se propagado com maior intensidade, como explica o Coordenador de Vigilância e Controle Ambiental de Vetores, da Secretaria de Saúde de Goiás, Marcello Rosa. Ele lembra que combater os focos do mosquito transmissor é responsabilidade de toda a população.
“É um comportamento típico da doença: tende a migrar para as áreas onde há uma população mais vulnerável. O oeste do Brasil não foi tão assolado pelo sorotipo 2 da dengue, tal qual a região Sudeste. E, agora, é possível, sim, essa ampliação. A gente precisa naturalmente que a população faça o dever de casa porque corre risco sim.”
Em janeiro, o Ministério da Saúde declarou que outros 12 estados brasileiros correm o risco de sofrer surto de dengue. Além de toda a região Nordeste, a população do Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo, deve ficar atenta para o possível surto do sorotipo 2 da dengue.
Coordenador-Geral de Vigilância em Arbovirose do Ministério da Saúde, Rodrigo Said, pede que a população siga as orientações e entre no enfrentamento ao Aedes aegypti. 
“Hoje, mais de 80% dos criadouros do mosquito são domiciliares. Então, a ação de controle é necessária, integrada de atividades do poder público, tanto do Ministério da Saúde, como das secretarias estaduais e municipais, de saúde, aliado as ações de mobilização da população.”
E você? Já combateu o mosquito hoje? A mudança começa dentro de casa. Proteja a sua família. Para mais informações, acesse saude.gov.br/combateaedes.
 

Daniel Marques

 

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