Unidades móveis da instituição monitoram funcionários nas indústrias e podem reduzir aglomeração nos postos de saúde durante campanha contra a gripe
Para
ajudar no combate ao novo coronavírus, o SESI colocou à disposição do
governo estadual toda sua estrutura física, incluindo as unidades
móveis. A ideia é que as estruturas itinerantes sejam usadas em ações de
conscientização em meio à pandemia e para aplicação de vacinas contra a
gripe. Por conta da sobrecarga no sistema público de saúde, isso pode
evitar aglomerações, principal recomendação para impedir a disseminação
da Covid-19.
O superintendente regional do SESI-MA,
Diogo Lima, conta que a instituição também tem ajudado a diminuir o
risco de propagação do coronavírus dentro das fábricas.
“Nossas unidades móveis estão, por
exemplo, na Alumar, uma indústria fabricante de alumínio, situada em São
Luís, em que ajudamos tanto funcionários da Alumar como os
terceirizados em triagem e monitoramento ao longo do dia de trabalho.
Nós buscamos identificar sintomas e avaliar a saúde laboral de todos
esses funcionários”, afirma.
Além do SESI, a Federação das Indústrias
do Maranhão (FIEMA) tem se movimentado para reduzir os efeitos da crise
econômica. A entidade que representa o setor industrial do estado
entregou ao governador Flávio Dino uma lista de 13 medidas para amenizar
os prejuízos e proteger os trabalhadores. Os problemas enfrentados
pelas fábricas vão desde a falta insumos até a queda nas vendas, fatores
que, juntos, podem levar à falência dos negócios, segundo a FIEMA.
Até o momento, as indústrias de grande
porte se mantêm funcionando em razão dos estoques de insumos
armazenados. Realidade diferente do que tem acontecido com pequenas e
médias empresas. “Elas não têm essa estrutura e essa margem, precisam
vender para comprar seus insumos e isso não está acontecendo. Quanto
maior o tempo da quarentena, maiores serão nossos prejuízos. A crise
deve atingir todas as camadas sociais”, projeta César Miranda,
superintendente da Federação das Indústrias do Maranhão.
No ofício enviado ao governador do
estado, a FIEMA pondera que é de “vital importância” que o setor público
adote medidas para ajudar as indústrias a enfrentar esse tempo de
turbulência e sustentar os empregos no setor.
A entidade pede, por exemplo, que o
pagamento do ICMS devido pelas empresas do Simples Nacional seja
prorrogado por seis meses e que os negócios com débitos pendentes não
sejam inscritos na dívida ativa durante a pandemia. “Essas
reivindicações que a FIEMA fez tem o propósito de permitir que essas
indústrias tenham fôlego em seu orçamento e condições de atravessar esse
momento de dificuldade. Esperamos que isso reduza os resultados
negativos que essas empresas enfrentarão”, justifica o superintendente
da FIEMA.

“Indústria contra o coronavírus”
Para amenizar os efeitos da Covid-19 e
proteger quem produz e quem consome, além da FIEMA, a Confederação
Nacional da Indústria (CNI), o Serviço Social da Indústria (SESI), o
Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e as Federações das Indústrias dos demais e
do DF têm levado informação e tomado medidas para reduzir os impactos
econômicos e preservar vidas por meio da campanha nacional “A indústria
contra o coronavírus”.
A educação também tem sido aliada nesse
período em que milhões de brasileiros precisam ficar confinados dentro
de casa. Por isso, o SENAI, por exemplo, abriu vagas gratuitas em cursos
a distância voltados à indústria 4.0, que inclui temas ligados à
tecnologia. A ideia é que, até junho, sejam oferecidas mais de 100 mil
vagas. Para ter acesso aos cursos, que têm mais de 20 horas de duração, é
só acessar a plataforma Mundo SENAI, onde será necessário fazer um
cadastro simples.
Mais informações e ações da FIEMA, do
SENAI e das demais entidades em meio à pandemia do coronavírus podem ser
acessadas nas redes sociais.
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