Só neste ano, no Brasil, já foram notificados 181 mil casos prováveis de dengue
Um projeto de pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) conseguiu diminuir em 86% a quantidade de mosquitos Aedes aegytpi
nos locais onde foi aplicado, usando um aliado improvável: o próprio
mosquito. Os pesquisadores definiram uma área de 1,5 mil casas e
colocaram armadilhas com água parada em 10% delas. Mas os potinhos com
água, que para o mosquito podem parecer um ótimo criadouro, na verdade,
escondiam larvicida na borda. O professor da UnB, Rodrigo Gonçalves, que
chefiou a pesquisa no DF, explica que o veneno não mata os insetos
adultos, mas basta que uma pequena quantidade caia na água para que
larvas não se desenvolvam.
“O mosquito vem para um pote com água
que tem um pano preto contendo o pó, que é o PPF [larvicida] e ele se
contamina depois voa para outros criadores e deposita a substância
nesses outros criadouros inibindo o desenvolvimento das larvas.”
Essa não é a única estratégia criativa
usada no combate ao mosquito. Nas cidades de Surubim e Taquaritinga, em
Pernambuco, por conta da escassez de água, os moradores precisam
armazenar o recurso em cisternas – locais perfeitos para a reprodução do
Aedes aegypti. A solução encontrada pelas prefeituras e
moradores foi colocar filhotes de peixe nos reservatórios. Os alevinos
são entregues pelos agentes de endemias e se alimentam das larvas do
mosquito. A enfermeira sanitarista da Vigilância Epidemiológica de
Surubim, Marília Gino conta que o método obteve sucesso.
“Vimos que diminuiu o Índice de
Infestação Predial. E os casos de novembro, dezembro e janeiro para cá
têm diminuído. 80% dos bairros reduziram o Índice de Infestação Predial
das residências.”
Mesmo com a ajuda das armadilhas
impregnadas com larvicidas, a população continua sendo a protagonista no
combate aos criadouros do Aedes aegypti. De acordo com as
autoridades de saúde, cada um pode ajudar no combate a dengue. Para
evitar que a época de chuvas dê lugar para um surto de dengue, os
especialistas em saúde recomendam que o cuidado com os focos do mosquito
seja redobrado e que os focos.
E você? Já combateu o mosquito hoje? A
mudança começa dentro de casa. Proteja a sua família. Para mais
informações, acesse saude.gov.br/combateaedes.
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