Apenas nos seis primeiros meses de 2019, a sífilis infectou 79 pessoas na região. Os dados são do DataSUS
A
população dos municípios pequenos do nordeste paraense precisa se
prevenir das infecções sexualmente transmissíveis, as ISTs. São doenças
causadas por vírus e bactérias, como HIV, hepatites virais e sífilis, e
repassadas de uma pessoa a outra por meio de contato sexual
desprotegido, ou seja, sem o uso de preservativos.
Na microrregião Bragantina, onde estão
os municípios de Capanema, Bragança, Bonito, Quantipuru, e outras 9
cidades paraenses, o número de infecções por sífilis entre a população
teve aumento de 132%, em apenas um ano, de 2017 a 2018. Apenas nos seis
primeiros meses de 2019, a sífilis infectou 79 pessoas na região. Os
dados são do DataSUS.
As autoridades em Saúde alertam que a
negligência no uso de camisinha e a crença de que essas doenças são
problemas apenas das cidades grandes podem ser fatores que contribuem
para aumento das ISTs, principalmente, entre os jovens. A coordenadora
de IST/Aids da Secretaria de Saúde do Pará, Andrea Miranda, explica que a
camisinha é indispensável para evitar essas doenças.
“É importante que a gente mostre a
necessidade da prevenção nesse momento, em que o índice tem aumentado no
público jovem. Esse grupo pode estar passando essas doenças para outras
pessoas. É importante a gente se prevenir para evitar consequências
mais graves na frente. Se eu me gosto, se eu me previno, eu evito
infecções sexualmente transmissíveis”, disse.
O Pará registrou, ao todo, 1.140 casos
de sífilis, no primeiro semestre do ano passado. Nos últimos 10 anos,
foram 7.992 casos registrados. Além disso, o estado teve mais de mil
casos de HIV notificados, apenas nos seis primeiros meses de 2019. Já a
Aids, doença causada pelo HIV, atingiu quase 27 mil paraenses, nos
últimos 20 anos. As hepatites virais mataram mais de 1,3 mil pessoas, de
2000 a 2017, no estado. Os dados são do último Boletim Epidemiológico
HIV/Aids, divulgado pelo Ministério da Saúde.
A prevenção é a melhor forma de proteção
das ISTs e o uso da camisinha é um hábito que precisa ser constante
durante todo ano também entre os jovens dos municípios pequenos, como
ressalta o diretor do Departamento de ISTs do Ministério da Saúde,
Gerson Pereira.
"Não podemos relaxar no uso dos
preservativos. São importantes para diminuir o número de infecções
sexualmente transmissíveis. Então, a gente precisa trabalhar com os
jovens, no sentido de alertar que a camisinha é importante e o uso dela
livra das ISTs”, alerta.
Este ano, o Ministério da Saúde pretende
distribuir mais de 570 milhões de preservativos. A quantidade
representa um aumento de 12 por cento em relação ao número de camisinhas
distribuídas no ano passado, quando foram enviadas 509,9 milhões de
preservativos aos estados.
Além disso, todas as unidades de saúde
do Sistema Único de Saúde, o SUS, contam com testes rápidos para ISTs.
Apenas para o diagnóstico da sífilis, serão distribuídos quase 14
milhões de testes rápidos em todo país.
Proteja-se! Usar camisinha é uma responsabilidade de todos. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/ist.
Proteja-se! Usar camisinha é uma responsabilidade de todos. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/ist.
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