quarta-feira, 18 de março de 2020

Municípios da microrregião de Tubarão (SC) registram aumento de 101% nos casos de sífilis

Nos seis primeiros meses de 2019, a sífilis infectou 239 pessoas na região

Ministério da Saúde

A população dos municípios pequenos do sul catarinense precisa se prevenir das infecções sexualmente transmissíveis, as ISTs, como HIV, gonorreia, hepatites virais e sífilis. Essas doenças são transmitidas de uma pessoa a outra por meio de contato sexual desprotegido, ou seja, sem o uso da camisinha.
Na microrregião de Tubarão, onde estão os municípios de Jaguaruna, Grão-Pará, Imbituba, Gravatal e outras 16 cidades catarinenses, as infecções por sífilis entre a população tiveram aumento de 101%, em apenas um ano, de 2017 a 2018.  Nos seis primeiros meses de 2019, a sífilis infectou 239 pessoas na região. Os dados são do DataSUS.
Arte: Ítalo Novais/Sabrine Cruz

As autoridades em saúde alertam que a negligência no uso de camisinha e a crença de que essas doenças são problemas apenas das cidades grandes podem contribuir para aumento das ISTs nos municípios pequenos e, principalmente, entre os jovens.
A coordenadora-geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, Angélica Espinosa, lembra que, na dúvida, a melhor alternativa é procurar uma Unidade Básica de Saúde para realização de testes rápidos para as ISTs, e, assim, impedir que as infecções se propaguem.
“As pessoas precisam saber que podem estar correndo o risco de se expor a uma IST, que podem se contaminar e que podem procurar o serviço de saúde para fazer o diagnóstico e o tratamento. Muitas vezes, a pessoa não vai ter nenhum sintoma aparente. E mesmo que não ache, deve usar a camisinha em toda relação sexual.”
Santa Catarina registrou, ao todo, mais de 4,3 mil casos de sífilis, no primeiro semestre do ano passado e, nos últimos nove anos, foram aproximadamente 37,5 mil casos registrados.
Além disso, o estado teve quase 750 casos de HIV notificados, apenas nos seis primeiros meses de 2019. Já a Aids, doença causada pelo HIV, atingiu mais de 40 mil catarinenses, nos últimos 20 anos. As hepatites virais mataram mais de 700 pessoas no estado, de 2000 a 2017. Os dados são dos últimos Boletins Epidemiológicos de HIV/Aids e Hepatites Virais, divulgados pelo Ministério da Saúde.
A prevenção é a melhor forma de proteção das ISTs e o uso da camisinha é um hábito que precisa ser constante, como ressalta o diretor do Departamento de ISTs do Ministério da Saúde, Gerson Pereira.
“Não podemos relaxar no uso da camisinha. São importantes para diminuir o número de infecções sexualmente transmissíveis. Então, a gente precisa trabalhar com os jovens, no sentido de alertar que a camisinha é importante e o uso dela livra das ISTs.”
Este ano, o Ministério da Saúde pretende distribuir mais de 570 milhões de camisinhas. A quantidade representa um aumento de 12 por cento em relação ao número de camisinhas distribuídas no ano passado, quando foram enviadas 509,9 milhões aos estados.
Além disso, todas as unidades de saúde do SUS contam com testes rápidos ou laboratoriais para ISTs. Apenas para o diagnóstico da sífilis, serão distribuídos quase 14 milhões de testes rápidos em todo país.
Proteja-se! Usar camisinha é uma responsa de todos. Se notar sinais de uma infecção Sexualmente Transmissível (IST), procure uma unidade de saúde e informe-se. Saiba mais em: saude.gov.br/ist. Ministério da Saúde, Governo Federal. Pátria Amada, Brasil.

Agência do Rádio

 

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