Nos seis primeiros meses de 2019, a sífilis infectou 239 pessoas na região
A
população dos municípios pequenos do sul catarinense precisa se
prevenir das infecções sexualmente transmissíveis, as ISTs, como HIV,
gonorreia, hepatites virais e sífilis. Essas doenças são transmitidas de
uma pessoa a outra por meio de contato sexual desprotegido, ou seja,
sem o uso da camisinha.
Na microrregião de Tubarão, onde estão
os municípios de Jaguaruna, Grão-Pará, Imbituba, Gravatal e outras 16
cidades catarinenses, as infecções por sífilis entre a população tiveram
aumento de 101%, em apenas um ano, de 2017 a 2018. Nos seis primeiros
meses de 2019, a sífilis infectou 239 pessoas na região. Os dados são do
DataSUS.
As autoridades em saúde alertam que a
negligência no uso de camisinha e a crença de que essas doenças são
problemas apenas das cidades grandes podem contribuir para aumento das
ISTs nos municípios pequenos e, principalmente, entre os jovens.
A coordenadora-geral de Vigilância das
Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, Angélica
Espinosa, lembra que, na dúvida, a melhor alternativa é procurar uma
Unidade Básica de Saúde para realização de testes rápidos para as ISTs,
e, assim, impedir que as infecções se propaguem.
“As pessoas precisam saber que podem
estar correndo o risco de se expor a uma IST, que podem se contaminar e
que podem procurar o serviço de saúde para fazer o diagnóstico e o
tratamento. Muitas vezes, a pessoa não vai ter nenhum sintoma aparente. E
mesmo que não ache, deve usar a camisinha em toda relação sexual.”
Santa Catarina registrou, ao todo, mais
de 4,3 mil casos de sífilis, no primeiro semestre do ano passado e, nos
últimos nove anos, foram aproximadamente 37,5 mil casos registrados.
Além disso, o estado teve quase 750
casos de HIV notificados, apenas nos seis primeiros meses de 2019. Já a
Aids, doença causada pelo HIV, atingiu mais de 40 mil catarinenses, nos
últimos 20 anos. As hepatites virais mataram mais de 700 pessoas no
estado, de 2000 a 2017. Os dados são dos últimos Boletins
Epidemiológicos de HIV/Aids e Hepatites Virais, divulgados pelo
Ministério da Saúde.
A prevenção é a melhor forma de proteção
das ISTs e o uso da camisinha é um hábito que precisa ser constante,
como ressalta o diretor do Departamento de ISTs do Ministério da Saúde,
Gerson Pereira.
“Não podemos relaxar no uso da
camisinha. São importantes para diminuir o número de infecções
sexualmente transmissíveis. Então, a gente precisa trabalhar com os
jovens, no sentido de alertar que a camisinha é importante e o uso dela
livra das ISTs.”
Este ano, o Ministério da Saúde pretende
distribuir mais de 570 milhões de camisinhas. A quantidade representa
um aumento de 12 por cento em relação ao número de camisinhas
distribuídas no ano passado, quando foram enviadas 509,9 milhões aos
estados.
Além disso, todas as unidades de saúde
do SUS contam com testes rápidos ou laboratoriais para ISTs. Apenas para
o diagnóstico da sífilis, serão distribuídos quase 14 milhões de testes
rápidos em todo país.
Proteja-se! Usar camisinha é uma
responsa de todos. Se notar sinais de uma infecção Sexualmente
Transmissível (IST), procure uma unidade de saúde e informe-se. Saiba
mais em: saude.gov.br/ist. Ministério da Saúde, Governo Federal. Pátria
Amada, Brasil.
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