sexta-feira, 13 de março de 2020

SP: Uso de inseticidas e eliminação rápida de criadouros pode reduzir infestação do Aedes em até 90% na capital

Para combater o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, as autoridades de saúde da capital têm focado as medidas de prevenção em duas etapas: na eliminação de criadouros onde há casos suspeitos ou confirmados e na aplicação de inseticidas.

Foto: Ministério da Saúde

Para combater o mosquito transmissor da dengue, Zika e chikungunya, as autoridades de saúde da capital têm focado as medidas de prevenção em duas etapas: na eliminação de criadouros onde há casos suspeitos ou confirmados e na aplicação de inseticidas. Essa dobradinha, segundo o coordenador do Programa de Arboviroses de São Paulo, Eduardo de Masi, pode reduzir a infestação do Aedes aegypti em até 90% na cidade. 
O gestor aponta que os agentes de endemias utilizam um inseticida biológico conhecido como BTI, normalmente aplicado em locais com grande acúmulo de criadouros, como ferros-velhos. Masi explica ainda que o método é seguro e a aplicação pode ser feita com equipamento costal – em que o operador carrega a máquina nas costas, passando de casa em casa – ou com o apetrecho acoplado a um veículo, circulando pela área em que ocorre a transmissão.  
“O BTI e outros larvicidas que são repassados pelo Ministério da Saúde têm uma ação residual no criadouro, agindo diretamente sobre a larva do mosquito. A ação da substância vai permanecer naquele local por 30 a 60 dias, dependendo do produto utilizado. No caso do BTI, o efeito é de 30 dias.”

Arte: Ítalo Novais/ Sabrine Cruz

Segundo Eduardo de Masi, tanto as visitas a residências como o uso de produtos químicos ocorrem a partir do resultado do teste rápido de dengue, que fica pronto em 20 minutos e está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital. 
Para se manter longe dos perigos da dengue, os paulistanos devem tomar alguns cuidados, como manter caixas d'água e tonéis tampados, remover galhos e folhas de calhas, fechar bem sacos de lixo e não deixar ao alcance de animais e encher os pratinhos de vasos de planta com areia até a borda. 
O diretor da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Júlio Croda, reforça que essas dicas devem ser seguidas porque 80% dos focos do Aedes aegypti estão dentro das residências. 
“Essa eliminação de focos deve ocorrer semanalmente. O ciclo do mosquito se completa em sete dias. Se você demora mais de sete dias para eliminar um foco, você não está sendo eficiente na eliminação, porque já houve a transformação em larva e em mosquito alado.”
Até três de fevereiro, foram confirmados 200 casos de dengue na capital, segundo as autoridades locais de saúde. O cenário no estado é ainda mais preocupante: 31.091 dos 94.149 casos prováveis do país foram notificados em São Paulo, no primeiro mês do ano. Os dados são do Ministério da Saúde. 
Por isso, a luta contra o Aedes aegypti não pode parar. E você? Já combateu o mosquito hoje? A mudança começa dentro de casa. Proteja a sua família. Para mais informações, acesse saude.gov.br/combateaedes.

Arte: Ítalo Novais/ Sabrine Cruz

Agência do Rádio

 

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