Para combater o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, as autoridades de saúde da capital têm focado as medidas de prevenção em duas etapas: na eliminação de criadouros onde há casos suspeitos ou confirmados e na aplicação de inseticidas.
Para
combater o mosquito transmissor da dengue, Zika e chikungunya, as
autoridades de saúde da capital têm focado as medidas de prevenção em
duas etapas: na eliminação de criadouros onde há casos suspeitos ou
confirmados e na aplicação de inseticidas. Essa dobradinha, segundo o
coordenador do Programa de Arboviroses de São Paulo, Eduardo de Masi,
pode reduzir a infestação do Aedes aegypti em até 90% na cidade.
O gestor aponta que os agentes de endemias utilizam um inseticida
biológico conhecido como BTI, normalmente aplicado em locais com grande
acúmulo de criadouros, como ferros-velhos. Masi explica ainda que o
método é seguro e a aplicação pode ser feita com equipamento costal – em
que o operador carrega a máquina nas costas, passando de casa em casa –
ou com o apetrecho acoplado a um veículo, circulando pela área em que
ocorre a transmissão.
“O BTI e outros larvicidas que são repassados pelo Ministério da
Saúde têm uma ação residual no criadouro, agindo diretamente sobre a
larva do mosquito. A ação da substância vai permanecer naquele local por
30 a 60 dias, dependendo do produto utilizado. No caso do BTI, o efeito
é de 30 dias.”
Segundo Eduardo de Masi, tanto as visitas a residências como o uso de
produtos químicos ocorrem a partir do resultado do teste rápido de
dengue, que fica pronto em 20 minutos e está disponível em todas as
Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital.
Para se manter longe dos perigos da dengue, os paulistanos devem
tomar alguns cuidados, como manter caixas d'água e tonéis tampados,
remover galhos e folhas de calhas, fechar bem sacos de lixo e não deixar
ao alcance de animais e encher os pratinhos de vasos de planta com
areia até a borda.
O diretor da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da
Saúde, Júlio Croda, reforça que essas dicas devem ser seguidas porque
80% dos focos do Aedes aegypti estão dentro das residências.
“Essa eliminação de focos deve ocorrer semanalmente. O ciclo do
mosquito se completa em sete dias. Se você demora mais de sete dias para
eliminar um foco, você não está sendo eficiente na eliminação, porque
já houve a transformação em larva e em mosquito alado.”
Até três de fevereiro, foram confirmados 200 casos de dengue na
capital, segundo as autoridades locais de saúde. O cenário no estado é
ainda mais preocupante: 31.091 dos 94.149 casos prováveis do país foram
notificados em São Paulo, no primeiro mês do ano. Os dados são do
Ministério da Saúde.
Por isso, a luta contra o Aedes aegypti não pode parar. E
você? Já combateu o mosquito hoje? A mudança começa dentro de casa.
Proteja a sua família. Para mais informações, acesse
saude.gov.br/combateaedes.
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