Previsão é atingir mais de cinco mil trabalhadores em 41 canteiros do estado; visitas devem se estender até maio e focam em medidas preventivas e ações educativas
Uma
parceria entre o Serviço Social da Indústria (SESI-BA) e o Sindicato da
Indústria da Construção (Sinduscon) deu início, na última terça-feira
(14), a um mutirão para prevenir a incidência de covid-19 em canteiros
de obra do estado. A previsão é atingir mais de cinco mil trabalhadores
da construção que estão em atividade em 41 canteiros espalhados por
cidades como Salvador, Camaçari, Vitória da Conquista, Santo Antônio de
Jesus, Candeias, Lauro de Freitas e Ilhéus.
O gerente de Saúde e Segurança na Indústria do SESI-BA, Amélio
Miranda, explica que a ação é uma forma de proteger os profissionais que
não podem trabalhar de casa e resguardar também os familiares. “O
objetivo é avaliar o nível de atendimento nos canteiros de obra,
reforçar medidas de prevenção, diminuir o risco de propagação da doença e
prover o suporte técnico às empresas”, afirma.
Segundo Miranda, as visitas aos canteiros de obra devem se estender,
ao menos, até o fim de maio. Reforça ainda que a parceria do SESI e do
Sinduscon vai além das simples orientações sobre a doença.
“Disponibilizaremos vídeos educativos com uma série de medidas de
prevenção orientadas por médicos do trabalho, sob o olhar de
infectologistas, além de cursos à distância sobre saúde e segurança no
trabalho. A nossa blitz contra a covid-19 tem uma finalidade essencial
neste momento crítico”, completa o gerente de Saúde e Segurança na
Indústria do SESI-BA.
O diretor de relações institucionais do Sinduscon-BA, Carlos Henrique
Passos, reforça que a aferição da temperatura dos trabalhadores, no
início e término do expediente, é uma das recomendações que deve ser
seguida pelas empresas da construção civil.
“A identificação, porventura, de algum trabalhador com a temperatura
alterada ou superior a 37.8 °C exige que a empresa adote um protocolo
de, por exemplo, direcionar o trabalhador para um local afastado,
arejado, orientar medidas de proteção e aplicar o protocolo de triagem.
Em últimos casos, encaminhar o trabalhador a uma unidade de saúde”,
pondera Passos.
A ida a locais onde há obras prevê também a orientação a respeito do
cumprimento de uma determinação do Ministério da Economia, que apresenta
diretrizes direcionadas para empresas de construção civil por conta da
pandemia do novo coronavírus.
Inovação e saúde
Além do SESI, o SENAI também atua para minimizar os efeitos da crise
causada pela covid-19. A instituição lançou o edital de inovação para a
indústria, que investirá em projetos destinados a prevenir, diagnosticar
e tratar a doença e que sejam de aplicação imediata. Isso inclui, por
exemplo, a recuperação de aparelhos danificados e aquisição e produção
de materiais essenciais para o enfrentamento da crise, como álcool em
gel e máscaras.
“A nossa atuação será no suprimento de problemas, como os testes
rápidos para a detecção da doença. No isolamento, ter uma gama ampla
desses testes vai ser de grande importância, bem como a fabricação de
ventiladores (respiradores). Estamos focando em ações que vão ao
encontro das necessidades da sociedade, do país e da indústria
brasileira”, afirma o diretor geral do SENAI, Rafael Lucchesi, que
reforça a importância de “salvar vidas”.
O investimento disponível para empresas e startups chega a R$ 30
milhões, se somadas as duas chamadas da licitação, e cada projeto poderá
captar até R$ 2 milhões. Os resultados devem ser apresentados em até 40
dias. Para participar do edital de inovação, as proposições podem ser
realizadas por meio do Whatsapp, no número (61) 99628-7337 ou pelo
e-mail combatecovid19@senaicni.com.br.
As iniciativas do SESI e do SENAI fazem parte da campanha nacional “A
indústria contra o coronavírus”, que também conta com a participação da
Confederação Nacional da Indústria (CNI), do Instituto Euvaldo Lodi
(IEL) e das Federações das Indústrias dos 26 estados e do DF. Mais
informações podem ser acessadas nas redes sociais de cada entidade.
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