Curso virtual vai ajudar funcionários da indústria a lidarem com consequências do novo coronavírus; ação gratuita é dividida em 12 módulos e tem duração de 36h
A
quarentena imposta pela pandemia de covid-19 mexeu com a rotina de
todos ao redor do mundo. Com as mudanças impostas para evitar a
disseminação da doença, é importante cuidar também da saúde mental. Por
isso, o Serviço Social da Indústria (SESI) se uniu ao Instituto Augusto
Cury para oferecer no estado o curso “Combatendo a Ansiedade – Programa
de Gestão da Emoção”.
A iniciativa é gratuita e o público-alvo
são os trabalhadores da indústria, funcionários da Federação das
Indústrias de Mato Grosso (FIEMT) e dependentes. A ideia é que essas
pessoas aprendam a gerir as próprias emoções e nutrir relações mais
saudáveis durante o isolamento social, como explica o gerente regional
do SESI/SENAI, Carlos Braguini.
“A instituição entende, nesse momento, a
necessidade de fortalecermos as habilidades socioemocionais das
pessoas, em especial nesse período de crise”, afirma o diretor. Segundo
ele, o curso trabalha pontos específicos desse processo de gestão da
emoção. “A intenção é ajudar as pessoas a se manterem em melhor
equilíbrio para passar pelas fases difíceis com tranquilidade”,
complementa.
O curso terá duração de 36 horas e será
virtual. Ao todo, são 12 módulos que incluem Síndrome do Pensamento
Acelerado (SPA), diferença entre estresse e ansiedade, vício em
tecnologia digital, técnicas de gerenciamento de SPA e mentes inquietas,
entre outros temas. Após a inscrição, o curso ficará acessível por 20
dias. Após a conclusão, a pessoa é certificada na própria plataforma.
O programa inclui aulas do psiquiatra e
professor Augusto Cury e os interessados podem ver e rever os vídeos
quando e onde quiserem. O curso inclui também áudios, exercícios para
facilitar os estudos, apostilas, materiais extras e complementares, tudo
digital. As inscrições podem ser feitas na página do SESI.
Um milhão de máscaras por mês
Em outra ação de combate e prevenção à
covid-19 no estado, a FIEMT e o governo do estado fecharam parceria para
a confecção de um milhão de máscaras faciais por mês. Os itens, em
falta no mercado, são essenciais para prevenir a covid-19 e estão sendo
fabricados por 200 profissionais de costura, em três turnos diários.
O presidente da FIEMT, Gustavo de
Oliveira, aponta que o pedido foi feito pelas autoridades locais de
saúde e que o trabalho de produção do material está a cargo do SENAI.
“Os equipamentos [de costura] foram
trazidos para uma unidade em Cuiabá. São 100 máquinas com capacidade de
produção diária, em dois turnos, de 20 mil máscaras. Com a implantação
de um terceiro turno, passando a 30 mil”, detalha Oliveira.
A instituição mobilizou ex-alunos do
curso de corte e costura, que foram contratados pelo governo. Em
contrapartida, o Executivo local disponibiliza os insumos necessários
para confecção, além de custear as despesas de mão de obra. O material
utilizado na fabricação é o TNT, que passa por um processo de
esterilização.
Com a produção feita pelo SENAI, cada
máscara custa R$ 0,90, o que gera uma economia de R$ 0,35 por unidade na
comparação com o preço cobrado no mercado. Levando em conta a produção
mensal, o governo do estado deixa de gastar R$ 350 mil.
“Essa ação está prevista para durar até
cinco meses, uma produção que pode chegar a cinco milhões de máscaras.
Isso mostra que a capacidade de produção do setor de confecção pode ser
ajustada para atender outras demandas, como essa de confecção de
máscaras e outros equipamentos de proteção individual”, acrescenta o
presidente da FIEMT.
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