Instituição, sindicatos e empresas se unem para fabricar e doar maior quantidade possível de equipamentos de proteção, como luvas e máscaras
Para
garantir que a crescente demanda por equipamentos de proteção
individual (EPIs), como máscaras e luvas, não vão deixar os
profissionais de saúde desprotegidos durante a pandemia da covid-19, o
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e indústrias de
diversos setores canalizam os processos de produção desses materiais e
doam às unidades de saúde em todo o país.
Em vários estados, o SENAI já produz dentro de suas unidades esses
itens. No Pará, por exemplo, a instituição pretende fazer a entrega de
mil unidades até o fim do mês, que serão distribuídas em hospitais,
clínicas e centros de saúde de Santarém, Altamira, Marabá e Castanhal,
por exemplo.
O diretor regional do SENAI-PA, Dário Lemos, conta que a expectativa é
de que toda a entrega seja finalizada o quanto antes. “Estamos sempre
trabalhando para amenizar toda essa situação que se alojou no mundo e
aqui no Brasil com uma intensidade maior. Nós estamos fazendo o possível
para diminuir essa falta de manutenção e de equipamentos nos
hospitais”, afirma.
Já em Minas Gerais, o setor têxtil entrou forte na luta contra o novo
coronavírus. Empresas de Uberlândia também desenvolvem ações para
produzir e doar EPIs e inibir o avanço da pandemia. A empresa de
confecção “Cândida Maria”, associada ao Sindicato das Indústrias do
Vestuário (Sindivest/MG), disponibilizou sua estrutura para auxiliar no
corte de 1,5 mil jalecos e cinco mil máscaras. O material será destinado
aos profissionais de saúde da cidade.
O proprietário da empresa, William Pires, conta que enxergou uma
maneira de ajudar ao perceber que o Hospital das Clínicas de Uberlândia
tinha muito material para produzir máscaras e capotes, mas não tinha um
volume de produção eficiente.
“Eles tinham um saldo grande de TNT e faziam um corte de
aproximadamente 120 peças por dia. Com os nossos equipamentos,
conseguimos cortar tudo em três dias. O que eles levaram dois meses para
fazer, nós fizemos em apenas dois dias”, revela Pires.
A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit)
também ajudado a direcionar empresas do setor na produção de
equipamentos de proteção individual, com cartilhas e orientações
sanitárias.
Edital de inovação
Para reduzir o desabastecimento desses e de outros insumos de saúde, o
SENAI investe, em nível nacional, em projetos destinados a prevenir,
diagnosticar e tratar a covid-19 que sejam de aplicação imediata. Por
meio do edital de inovação para a indústria, as propostas podem abordar
temas como a ampliação do número de respiradores e o desenvolvimento de
testes de detecção do vírus e de equipamentos de proteção individual
(EPIs) que possam substituir máscaras, luvas e sabonetes.
“A nossa atuação será no suprimento desses problemas, como os testes
rápidos para a detecção da doença. No isolamento, ter uma gama ampla
desses testes vai ser de grande importância, bem como a fabricação de
ventiladores (respiradores)”, afirma o diretor geral do SENAI, Rafael
Lucchesi.
Para participar do edital de inovação, as proposições podem ser
realizadas por meio do WhatsApp, no número (61) 99628-7337 ou pelo
e-mail combatecovid19@senaicni.com.br.
As iniciativas do SENAI e dos sindicatos fazem parte da campanha
nacional “Indústria contra o coronavírus”, que também conta com a
participação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), do Serviço
Social da Indústria (SESI), do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e das
Federações das Indústrias dos 26 estados e do DF. Mais informações podem
ser acessadas nas redes sociais de cada entidade e pelo site
portaldaindustria.com.br.
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