Audiência foi realizada pela comissão externa da Câmara que acompanha as ações do combate ao novo coronavírus
Nesta
quinta-feira (14), uma conferência na Câmara dos Deputados trouxe
especialistas em saúde para discutir os caminhos que podem ser adotados
pelo Brasil para sair do isolamento social sem colocar em risco a saúde
da população.
Uma das conclusões foi que, em um
cenário onde não existe vacina, é necessária uma política de testagem
mais intensa para monitorar possíveis surtos. Outro consenso dos
especialistas presentes foi a necessidade de uma ação mais forte e
centralizada de enfrentamento da crise.
“Infelizmente, nós temos mensagens
desconexas que vem dos diferentes níveis de liderança do país. É difícil
a população saber quem ouvir porque as mensagens são desencontradas. Em
um contexto desse, vai ter uma parcela da população, como estamos
vendo, que não respeitam o isolamento social”, destacou Márcia Castro,
pesquisadora da Universidade de Harvard (EUA). Ela defende que o Brasil
tem meios de garantir uma vigilância mais próxima dos casos de Covid-19:
os agentes comunitários de saúde.
A conferência também abordou os caminhos
que o Brasil deve tomar para se recuperar após a crise financeira
causada pela Covid-19. O economista Armínio Fraga, ex-presidente do
Banco Central, destacou que depois do fim da pandemia, o governo vai
precisar investir na aprovação de reformas econômicas.
“Se essa crise alongar por mais um ano e
meio não podemos nos iludir. Vai ser preciso definir prioridades e isso
vai precisar ser feito de forma transparente. Realmente não dá pra
ficar, no curto prazo, ficar contando os centavos, mas dá sim pra
organizar pra onde vai o dinheiro”, defendeu.
Outro participante foi o diretor-geral
do Hospital Sírio-Libanês, Paulo Chapchap. Ele explicou que a população
brasileira não vai ter imunidade contra o coronavírus tão cedo. Por isso
é importante apostar nas medidas de prevenção.
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