Em meio ao caos na saúde mundial, provocado pelo coronavírus, os profissionais de saúde que estão atuando na linha de frente começam a precisar de ajuda e cuidados para uma dor impossível de enxergar, mas que ataca mente e alma por não terem condições de salvar todas as vidas que chegam diariamente às unidades de saúde.
Em
meio ao caos na saúde mundial, provocado pelo coronavírus, os
profissionais de saúde que estão atuando na linha de frente começam a
precisar de ajuda e cuidados para uma dor impossível de enxergar, mas
que ataca mente e alma por não terem condições de salvar todas as vidas
que chegam diariamente às unidades de saúde.
Por isso, em parceria com a Associação Brasileira de Psiquiatria, o
Ministério da Saúde está realizando pesquisas para avaliar a “Influência
da Covid-19 na Saúde Mental”, desses profissionais. Uma dessas
pesquisas está avaliando os 377 profissionais que estão em Manaus, o
estado com situação mais crítica do país. Segundo a secretária de Gestão
do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra
Pinheiro, um resultado preliminar demonstra que parte desses
profissionais já estão apresentando algum tipo de transtorno mental.
“Nesse grupo de Manaus que inclui médicos, fisioterapeutas,
farmacêuticos e biomédicos, nós temos 6% de profissionais com sinais de
depressão e ansiedade. Isso mostra que cada vez mais, precisamos ter um
cuidado amiúde com os nossos profissionais para que eles estejam aptos a
enfrentar a pandemia de forma muito mais importante do que nós, porque
eles estão diretamente no enfrentamento da doença e precisam, sim, de
suporte emocional para continuar atuando.”
De acordo com a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na
Saúde, Mayra Pinheiro, é necessário começar a elaborar políticas
públicas para cuidar da saúde mental dos profissionais de saúde que
estão atuando no combate ao coronavírus.
“Para esse grupo, colocamos à disposição, atendimento psiquiátrico
presencial ou em teleatendimento durante todo o período em que eles
estão enfrentando a pandemia. Mas a pesquisa tem como objetivo maior,
detectar os agravos de saúde mental na nossa população de profissionais
de saúde e que possamos ter na agenda de governo, após a pandemia,
políticas públicas voltadas ao cuidado específico com a saúde mental
desses profissionais.”
No total, mais de 200 mil profissionais de saúde já responderam a uma
das três pesquisas que o Ministério da Saúde está promovendo. Além
disso, a estratégia do ministério na forma de repassar as informações,
são feitas de maneira a apresentar dados sérios mas que não estimulem o
medo na sociedade e, assim, evitar pânico e o desenvolvimento de
transtornos mentais na população brasileira.
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