O valor inclui repasses diretos e a suspensão de dívidas de entes federativos
O
Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus, projeto aprovado
pelo Congresso Nacional e que está nas mãos do presidente Jair Bolsonaro
para ser sancionado, irá destinar R$ 125 bilhões para socorrer estados e
municípios no combate à Covid-19. O valor inclui repasses diretos e a
suspensão de dívidas de entes federativos.
Entre os pontos do texto, está a suspensão dos prazos de validade dos
concursos públicos homologados até 20 de março deste ano. Os prazos
suspensos voltarão a correr quando acabar o período de calamidade
pública, em 31 de dezembro. Segundo o projeto, os organizadores de cada
certame terão de publicar, em veículos oficiais previstos em cada
edital, aviso sobre a suspensão dos prazos.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), relator da proposta
na Casa, diz que o projeto foi construído a partir do diálogo com
gestores de todo o país. “A gente atendeu, no nosso relatório, o que foi
impossível e possível dos pedidos que foram feitos de todas regiões do
Brasil.”
A maior parte dos recursos (cerca de R$ 60 bilhões) serão repassados a
estados e municípios, em quatro parcelas mensais, sendo R$ 10 bilhões
exclusivamente para ações de saúde e assistência social e R$ 50 bilhões
para uso livre. O Distrito Federal receberá uma cota à parte, de R$
154,6 milhões, também em quatro parcelar, em função de não participar da
divisão entre os municípios.
Outro ponto da proposta é o congelamento do salário de servidores
públicos, com a exceção de alguns profissionais, como os de Saúde,
Assistência Social, Educação, Policiais Federais, entre outros. “Jamais
planejei prejudicar o servidor público, o que nós estamos pedindo é uma
colaboração, uma contribuição e uma participação”, defende Alcolumbre.
Além dos repasses, estados e municípios serão beneficiados com a
liberação de R$ 49 bilhões referentes a suspensão e renegociação de
dívidas com a União e bancos públicos. Outros R$ 10,6 bilhões estão
relacionados a renegociação de empréstimos com organismos internacionais
e R$ 5,6 bilhões da suspensão de dívidas previdenciárias que
prefeituras possuem e venceriam até o final deste ano.
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