Texto diminui de 25 para 21 anos a idade mínima para a compra de armas e permite a regularização da posse sem comprovação de capacidade técnica, laudo psicológico ou negativa de antecedentes criminais
A
semana de trabalho na Câmara dos Deputados começa com a discussão de um
tema que divide opiniões. O PL 3.723/19, que torna as regras para posse
e porte de armas de fogo menos rigorosas, pode ser votado em Plenário
nesta terça-feira (29). O projeto está na pauta há cinco semanas e
deputados da base governista defendem a matéria com unhas e dentes. O
relator da proposta, deputado Alexandre Leite (DEM-SP), chegou a acusar a
oposição de “declarar guerra” contra a medida.
Entre outros pontos, o texto diminui de 25 para 21 anos a idade
mínima para a compra de armas; permite o porte de armas para os maiores
de 25 anos que comprovem estar sob ameaça; aumenta as penas para alguns
crimes com armas; e permite a regularização da posse de armas de fogo
sem comprovação de capacidade técnica, laudo psicológico ou negativa de
antecedentes criminais.
Conhecido como Lei do Mar, o PL 6.969/13 também pode ser analisado
nesta semana. A proposta cria a Política Nacional para Conservação e Uso
Sustentável do Bioma Marinho Brasileiro, com diretrizes para
preservação do mar. A expectativa de votação em torno do texto ganhou
força na última semana após aumentar o número de praias nordestinas
afetadas por contaminação de petróleo, ainda de origem desconhecida.
Reforço no caixa
De interesse de estados e municípios, outro tema que pode ser votado
pelos deputados é Projeto de Lei Complementar (PLP) 459/17, que permite
aos entes federados a venda de créditos tributários que têm a receber.
Essa operação possibilita a antecipação de receitas. Para o investidor
privado, a vantagem será comprar os direitos com desconto ou receber
juros, a depender da configuração adotada. O texto, já aprovado no
Senado, estabelece que 50% do total de recursos obtidos com a cessão dos
direitos sobre os créditos da administração sejam direcionados a
despesas associadas à Previdência Social e a outra metade a despesas com
investimentos, divisão que consta na Lei de Responsabilidade Fiscal. A
matéria precisa de quórum qualificado, ou seja, 257 votos favoráveis
para ser aprovada.
As votações desses projetos, no entanto, dependerão do esforço dos
parlamentares em analisar duas medidas provisórias que trancam a pauta: a
MP 890/19, que cria o programa Médicos do Brasil, em substituição ao
Mais Médicos; e a MP 894/19, que institui pensão especial para crianças
com microcefalia decorrente do vírus zika.
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