Até a primeira quinzena de novembro, a Secretaria Municipal de Saúde de Chapecó notificou 18 casos prováveis de dengue, um de chikungunya e nenhum caso de zika
A
região oeste de Santa Catarina precisa ficar em alerta para o aumento
de casos de dengue, chikungunya e zika. Até a primeira quinzena de
novembro, a Secretaria Municipal de Saúde de Chapecó notificou 18 casos
prováveis de dengue, um de chikungunya e nenhum caso de zika. Dentre os
municípios da região, Chapecó apresenta o Índice de Infestação Predial
de 2,8% em novembro, de acordo com o Levantamento Rápido de Índices de
Infestação pelo Aedes aegypti, o LIRAa.
A coordenadora da Vigilância Ambiental de Chapecó, Monica Serpa,
aponta que a concentração de recicladores em bairros como o Efapi,
Centro e Bom Pastor contribuiu para que a quantidade de focos do
mosquito Aedes aegypti crescesse na região. Hoje, há detectados 1.234
focos. Desses, 49% foram encontrados em depósitos chamados D2, que
armazenam lixos, sucatas e entulhos.
“A gente pede o apoio da comunidade para que ela seja um órgão
fiscalizador dentro do seu imóvel. Elimine depósitos que possam acumular
água. Olhe a cisterna, a calha. Tenha essa visão da saúde pública
porque, se hoje nós tivermos uma epidemia, o mosquito não vai estar só
naquela casa. Vai estar em todo o município”.
Em comparação com o ano passado, o número de casos em Chapecó
aumentou, uma vez que nenhum dos três vírus foram identificados na
região naquela época. No biênio 2018-2019, não houve óbitos. Prefeito da
cidade, Luciano Buligon revela que condições climáticas contribuem para
a proliferação do mosquito na região. A cidade chove acima de 2 mil
milímetros por ano, facilitando o acúmulo de água empoçada, onde o
mosquito se aloja.
“Nós vivemos no Sul do Brasil, onde se agrava a dengue entre outubro e
abril. Depois, temos um período de inverno que deveria tranquilizar,
mas as pessoas acabam relaxando”.
A Secretaria Municipal de Saúde de Chapecó vai manter as ações de
combate nos bairros mais críticos, com mutirões de limpeza e novas
campanhas educativas. O objetivo é orientar e reforçar a necessidade de
eliminar os focos do Aedes aegypti durante todo o ano. Em Santa
Catarina, os dados também são alarmantes. O boletim epidemiológico da
Secretaria Estadual de Saúde mostra que, até novembro de 2019, mais de 7
mil casos de dengue foram notificados em todo o estado. Trinta e seis
pessoas infectadas pelo vírus da chikungunya e 169 notificações foram
feitas de zika.
Lembre-se de que você é responsável pela sua casa. Portanto,
fiscalize possíveis criadouros, como ralos, pneus, garrafas, vasos de
flores e caixas d’água. Caso queira denunciar algum terreno abandonado
ou focos do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, entre em
contato pelo número do disque denúncia da Vigilância Ambiental: (49)
3319-1407.
E você? Já combateu o mosquito hoje? A mudança começa dentro de casa.
Proteja a sua família. Para mais informações, acesse
saude.gov.br/combateaedes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário