De janeiro até dezembro de 2019, a Secretaria de Saúde Municipal de Piraí notificou 269 casos de dengue, 63 de chikungunya e 19 de zika.
Incapacidade
motora e cansaço extremo. A dor causada pela chikungunya foi tamanha
que a catadora de materiais recicláveis Fabiana de Oliveira, de 36 anos,
ficou imóvel em casa, sem poder ir ao trabalho, numa cooperativa do
município de Piraí. Além dos sintomas, o mais difícil foi desconhecer
totalmente a doença.
“Eu sentia muita dor nas juntas do corpo, dor de cabeça, febre alta, perdi a fome e tinha muitas manchas vermelhas pelo corpo. Fiquei praticamente 15 dias de cama. Quando me levantava, precisava da ajuda dos outros para poder me mover para qualquer lugar. Se eu abaixasse, não conseguia levantar”.
“Eu sentia muita dor nas juntas do corpo, dor de cabeça, febre alta, perdi a fome e tinha muitas manchas vermelhas pelo corpo. Fiquei praticamente 15 dias de cama. Quando me levantava, precisava da ajuda dos outros para poder me mover para qualquer lugar. Se eu abaixasse, não conseguia levantar”.
A situação de Piraí e de outras regiões do Vale do Paraíba fluminense
preocupa autoridades. O Levantamento Rápido de Índices de Infestação
pelo Aedes aegypti – o LIRAa – de novembro de 2019, revela índice de
alerta de 2% de infestação das três enfermidades.
De janeiro até dezembro de 2019, a Secretaria de Saúde Municipal de
Piraí notificou 269 casos de dengue, 63 de chikungunya e 19 de zika. Em
todo 2018, foram 154 pessoas infectadas pelo vírus da dengue, três
notificações de chikungunya e uma de zika. No ano, nenhuma morte foi
constatada pelos três vírus.
Chefe da Divisão da Vigilância em Saúde de Piraí, Ana Cristina de
Sousa informa que a introdução de um novo sorotipo do vírus da dengue – o
sorotipo 2 – e a quantidade de focos residenciais em bairros do
distrito de Arrozal foram os principais fatores que levaram ao aumento
de casos das três doenças. Para frear o aumento das notificações, a
Secretaria Municipal de Saúde intensifica a limpeza de terrenos e o
recolhimento de recipientes que acumulam água nos bairros mais críticos.
“Muitas vezes, a gente percebe cerca de bambu. As pessoas que usam
cacos de vidro nos muros, que também podem acumular água. Já encontramos
brinquedos em fundo de quintal, sapato com acúmulo de água. O foco
principal é ter um olhar crítico para onde a fêmea do mosquito pode
depositar ovos. A gente tem que eliminar”.
Conhecida como “Morena” pelos moradores da cidade, a catadora Fabiana
de Oliveira aprendeu com a doença, e relata que muitos esquecem de
fazer a limpeza regular de possíveis criadouros.
“As pessoas precisam tirar dez minutinhos do tempo delas para dar uma vasculhada no quintal, e até mesmo perto de casa, para ver se não tem água parada. Depois que peguei chikungunya, onde passo eu recolho tampinha de garrafa com água. Não deixo nada que possa transmitir o vírus e ter essa doença de volta”.
“As pessoas precisam tirar dez minutinhos do tempo delas para dar uma vasculhada no quintal, e até mesmo perto de casa, para ver se não tem água parada. Depois que peguei chikungunya, onde passo eu recolho tampinha de garrafa com água. Não deixo nada que possa transmitir o vírus e ter essa doença de volta”.
No estado do Rio de Janeiro, os dados também são alarmantes. Segundo o
último boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde, de
janeiro a dezembro, mais de 32 mil casos prováveis de dengue foram
registrados em todo o estado. O número corresponde uma incidência
acumulada de 188 casos por 100 mil pessoas.
No ano passado, os casos prováveis da doença concentraram-se na
capital, que registrou um pouco mais da metade das notificações
(54,45%), seguida pela região do Médio Paraíba, com 12,98%. Entretanto,
segundo a secretaria estadual de saúde, as incidências mais elevadas
ocorreram nas regiões da Baía de Ilha Grande, Noroeste e Médio Paraíba.
Já outras 85 mil pessoas foram infectadas pelo vírus da chikungunya e houve 1,5 mil notificações de zika.
Caso você tenha alguma dúvida sobre as visitas de agentes de controle
de endemias ou queira informar terrenos com possíveis focos do
mosquito, entre em contato com a Vigilância Ambiental em Saúde de Piraí
pelo (24) 2411-9319. Repetindo: (24) 2411-9319.
E você? Já combateu o mosquito hoje? A mudança começa dentro de casa.
Proteja a sua família. Para mais informações, acesse
saude.gov.br/combateaedes. Ministério da Saúde. Governo Federal. Pátria
Amada, Brasil.
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