Estudantes das unidades do SESI de Bayeux e Campina Grande disputam, nesta sexta-feira (7) e sábado (8), no DF, vaga para etapa nacional do Torneio de Robótica da FIRST Lego League, que será em março, em São Paulo
Alunos
do SESI de Bayeux e de Campina Grande (PB) e estão no Distrito Federal
para disputar etapa regional do Torneio de Robótica da FIRST Lego League
(FLL). As equipes das cidades concorrerão, nesta sexta-feira (7) e
sábado (8), com outros 27 grupos da capital federal, Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul e de Sergipe. As três mais bem classificadas garantirão
vaga para a fase nacional do torneio, que será de 6 a 8 de março, em São
Paulo.
No torneio, os jovens vão cumprir provas de programação de robôs e
apresentar soluções projetadas para melhorar a vida nas cidades. A
equipe “Criadores de Gigantes”, de Bayeux, é responsável por um projeto
que pretende dar mais qualidade de vida às pessoas idosas por meio da
tecnologia. Trata-se de um aplicativo que permite ao usuário acionar,
remotamente, comandos da própria casa, como por exemplo, ligar aparelhos
domésticos ou acender luzes.
Técnico e professor do SESI local, Wendel George de Carvalho, lembra
que algumas funções do dispositivo criado pelos alunos só podem ser
utilizadas em residências com projetos específicos, como o modelo de
casas “inteligentes”, do qual aparelhos e instalações podem ser
conectados a smartphones.
Carvalho destaca que a inovação também pode ser útil para quem não
possui a integração tecnológica dentro de casa, já que disponibiliza ao
usuário um controle de agenda, como data de compromissos e horário para
tomar as medicações. O educador lembra que esse recurso também pode ser
utilizado por enfermeiras e cuidadores.
“Além dos recursos de lembrete de tomar remédios e beber água, o
aplicativo tem um alerta contra sedentarismo que informa ao idoso que
ele está sentado há muito tempo e que precisa fazer alguma movimentação
física, que pode ser uma caminhada”, destaca o professor.
Já a equipe “Mega Destemidos”, de Campina Grande, vai exibir um
projeto para ajudar pessoas com mobilidade restrita, como pessoas com
deficiência e idosos, a terem mais autonomia na hora de pegar transporte
público.
A ideia é construir um aparelho nas paradas de ônibus que vai enviar
mensagem aos motoristas avisando da condição do passageiro, por meio de
luzes e radiofrequência. A comunicação, explica a aluna Sabrina
Vasconcelos, será feita por caixas – uma instalada no ponto e outra no
veículo.
Guiada por piso tátil na parada, a pessoa vai apertar botão,
indicando a particularidade. O sinal será enviado ao motorista, que já
chegará ao ponto preparado para receber o passageiro.
“Fizemos uma média de distância entre um ponto e outro e dá entre 250
a 500 metros. Vamos usar o modo de radiofrequência, com diâmetro menor
em cada ponto. Assim, quando o ônibus entrar nesse diâmetro da
frequência, o motorista será avisado”, detalha Sabrina.
O protótipo ainda está em desenvolvimento, mas os alunos fizeram uma
importante pesquisa. Os membros do Instituto dos Cegos, em Campina
Grande, foram mentores nesse projeto, dando dicas de acessibilidade e de
como aprimorar a ideia.
“A maior dificuldade relatada pelos deficientes visuais é na hora de
pegar ônibus. Essa dificuldade também foi lembrada pelas pessoas idosas e
cadeirantes. Como pego ônibus no dia a dia, eu também vejo isso”, conta
Sabrina.
A competição
O Torneio de Robótica FIRST LEGO League reunirá 100 equipes formadas
por estudantes de 9 a 16 anos e promove disciplinas, como ciências,
engenharia e matemática, em sala de aula. De 31 de janeiro a 16 de
fevereiro, haverá as disputas regionais. Os melhores times garantem vaga
na etapa nacional, que ocorre em março, em São Paulo.
O objetivo é contribuir, de forma lúdica, para o desenvolvimento de
competências e habilidades comportamentais exigidas dos jovens. Todo
ano, a FLL traz uma temática diferente. Em 2020, os competidores terão
que apresentar soluções inovadoras para melhorar, por exemplo, o
aproveitamento energético nas cidades e a acessibilidade de casas e
prédios.
“Os alunos recebem um tema, problematizam e, a partir daí, criam
projetos para cidades inteligentes. Esses projetos precisam ter conexão
com a robótica. Eles começam a trabalhar em equipe para criar soluções
úteis para a sociedade”, explica o diretor de Operações do Departamento
Nacional do SESI, Paulo Mol.
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