Chiquinho da Mangueira e Marcos Abrahão foram presos em 2018 suspeitos de envolvimento no “mensalinho” da Assembléia Estadual do Rio de Janeiro e nem chegaram a tomar posse
O
Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou que dois deputados
estaduais afastados do mandato, depois de serem presos na Lava-Jato,
devem ser empossados na Assembleia Legislativa Estadual do Rio de
Janeiro. Chiquinho da Mangueira e Marcos Abrahão foram eleitos em 2018
mas nem chegaram a exercer os mandatos porque foram presos
preventivamente na operação Furna da Onça, um desdobramento da Lava-Jato
que levou 10 parlamentares para a prisão.
De acordo com as investigações da Polícia Federal, os deputados
estariam envolvidos em um esquema de propinas mensais promovido pelo
governo de Sérgio Cabral para que parlamentares votassem a favor de
determinadas pautas.
Os chamados “mensalinhos” variavam entre R$ 20 mil e R$ 100 mil e teriam movimentado pelo menos R$ 54 milhões.
Foi a própria Alerj que votou para que os dois deputados fossem
afastados. Mas para o desembargador Rogério de Oliveira Souza, que
emitiu o mandado de segurança para que os deputados reassumam suas
cadeiras na Assembleia, o processo de cassação foi ilegal porque não
respeitou os procedimentos legais. Marcos Abrahão ainda está preso e
Francisco Manoel de Carvalho, o Chiquinho da Mangueira, está em prisão
domiciliar.
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