Enquanto no início do ano os analistas previam um crescimento do PIB de até 3%, os balanços mais recentes estimam que esse salto seja entre 1,5% e 2%
As
expectativas sobre o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2020 não
são animadoras, apesar de as projeções ainda apresentarem um possível
crescimento para o indicador este ano. Nas últimas semanas, bancos e
consultorias começaram a rebaixar as previsões.
Enquanto no início do ano os analistas previam um crescimento do PIB
de até 3%, os balanços mais recentes estimam que esse salto seja entre
1,5% e 2%. Caso as projeções se confirmem, este será o quarto ano de
crescimento da economia do país por volta de 1%.
A combinação de alguns fatores contribui para a espera de um cenário
ruim. Em um contexto geral, a economia global está desacelerando, com o
risco de recessão diante do avanço do coronavírus.
Nesta semana, com o tombo do preço do petróleo e a indicação que os
estragos do coronavírus devem continuar, a situação piora. Na última
segunda-feira (9), o barril da commodity sofreu uma queda de mais de
20%. Foi o maior recuo desde a Guerra do Golfo, o que afetou os
resultados nas bolsas de valores de todo o mundo.
Além disso, internamente, as incertezas sobre a capacidade do governo
de avançar com a agenda de reformas junto ao Congresso Nacional deixam
investidores receosos.
Nesta quarta-feira (12), por exemplo, o governo sofreu uma derrota
depois que parlamentares derrubaram o veto do presidente Jair Bolsonaro a
um projeto de lei que eleva o limite de renda para a concessão do
Benefício de Prestação Continuada (BPC).
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