Ideia concorre, com outras 99 selecionadas, na etapa nacional da FLL, que começa nesta sexta-feira (6), em São Paulo
Um
grupo de alunos do SESI de Governador Valadares pretende dar uma nova
funcionalidade aos orelhões, que perderam a importância com o avanço da
tecnologia. A equipe “Turma do Bob” desenvolveu um projeto para
transformar as cabines telefônicas em cadeiras e lixeiras, por exemplo. A
ideia vai ser apresentada na etapa nacional do Festival SESI de
Robótica, que começa nesta sexta-feira (6), em São Paulo.
Durante o processo de identificação dos problemas da cidade, os
alunos descobriram quatro depósitos de armazenamento das cabines de
proteção dos telefones públicos. Esses ambientes, sem os devidos
cuidados, se tornam potenciais ambientes para proliferação de mosquitos
da dengue, ratos e escorpiões.
Para evitar que a saúde da população esteja em risco e a
matéria-prima dos orelhões não seja descartada, o grupo levantou
maneiras de reutilizar a fibra de vidro e o acrílico. O material já deu
origem a cinco novos objetos usados na própria escola: três lixeiras e
duas cadeiras. A criatividade e a forma inovadora dos estudantes
renderam a classificação na seletiva regional, no mês passado, em
Contagem. Segundo o aluno Gabriel Sousa Cruzate, de 16 anos, tudo saiu
como o esperado graças ao esforço de todos. A participação em um torneio
nacional, conta Gabriel, tem deixado ele e os colegas ansiosos.
“Nossa expectativa está alta, estamos trabalhando nisso há tempos,
dedicando horas do nosso dia. A gente está dando o melhor que temos para
entregar o melhor trabalho possível”, projeta o jovem. Além de lixeiras
e cadeiras, o projeto prevê potencial de criação também de estantes,
holofotes, carrinho de mão e diferentes tipos de cobertura para casas.
Valores e habilidades
Nos torneios de robótica, os competidores são avaliados em quatro
categorias: Projeto de Pesquisa, Desafio do Robô, Design do Robô e Core
Values. Os grupos utilizam um aplicativo oferecido pela LEGO, com uma
linguagem em blocos. A construção do robô é a grande atração dos
torneios, mas não é a única prova. Além de mostrar conhecimento técnico,
domínio da tecnologia, os estudantes precisam mostrar trabalho em
equipe e compartilhar conhecimentos e habilidades.
Para o técnico da equipe, Túlio Menezes de Barros, a classificação
para a etapa nacional é resultado de cinco anos de dedicação. “Para mim,
é gratificante. Mudando equipe, tentando encontrar uma melhor ligação
entre eles, ou seja, pra mim é realização pessoal. Graças a Deus, é um
sonho realizado para toda a equipe depois anos”, comenta.
O Festival SESI de Robótica, que é o maior campeonato de robótica do
Brasil, reunirá 100 equipes de todo o Brasil, formadas por estudantes de
9 a 16 anos, na categoria FIRST LEGO League, que utiliza robôs Lego
para enfrentar os desafios desta temporada. A ideia é promover
disciplinas, como ciências, engenharia e matemática, além da sala de
aula. Este ano, os competidores terão que apresentar soluções inovadoras
para melhorar, por exemplo, o aproveitamento energético nas cidades e a
acessibilidade de casas e prédios.
O diretor de Operações do Departamento Nacional do SESI, Paulo Mól, ressalta que a elaboração dos projetos estimula a autonomia e o trabalho em equipe e contribui para a formação profissional dos alunos. “A questão do empreendedorismo é a base de todo o processo. Nesse torneio, uma das avaliações que é extremamente importante é a capacidade de empreender, de buscar coisas novas, de fazer com que o produto seja desenvolvido”, atesta.
O diretor de Operações do Departamento Nacional do SESI, Paulo Mól, ressalta que a elaboração dos projetos estimula a autonomia e o trabalho em equipe e contribui para a formação profissional dos alunos. “A questão do empreendedorismo é a base de todo o processo. Nesse torneio, uma das avaliações que é extremamente importante é a capacidade de empreender, de buscar coisas novas, de fazer com que o produto seja desenvolvido”, atesta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário