quarta-feira, 11 de março de 2020

Municípios da microrregião de Santa Maria Madalena (RJ) registram aumento de 400% nos casos de sífilis

Apenas nos seis primeiros meses de 2019, a sífilis infectou duas pessoas na região

Ministério da Saúde

A população dos municípios pequenos do centro fluminense precisa se prevenir das infecções sexualmente transmissíveis, as ISTs, como HIV, gonorreia, hepatites virais e sífilis. Essas doenças são transmitidas de uma pessoa a outra por meio de contato sexual desprotegido, ou seja, sem o uso da camisinha.
Na microrregião de Santa Maria Madalena, onde estão os municípios de Trajano de Moraes, Santa Maria Madalena e São Sebastião do Alto, as infecções por sífilis entre a população tiveram aumento de 400%, em apenas um ano, de 2017 a 2018. Apenas nos seis primeiros meses de 2019, a sífilis infectou duas pessoas na região. Trajano de Moraes se destaca com 4 casos, registrados em 2018. Os dados são do DataSUS.
As autoridades em saúde alertam que a negligência no uso de camisinha e a crença de que essas doenças são problemas apenas das cidades grandes podem ser fatores que contribuem para aumento das ISTs. É o que explica o médico da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro, Alexandre Chieppe.
“Existem diversos motivos para a população de jovens ser mais acometida pelas infecções sexualmente transmissíveis. Primeiro, porque é um público que não viveu o período de grande incidência de HIV/AIDS. Não conviveu com pessoas famosas, grandes ídolos, morrendo pela Aids. Então, há uma tendência de relaxamento em relação ao uso da camisinha, principalmente. Segundo que é um público que tem tendência a se arriscar mais.”
O Rio de Janeiro registrou, ao todo, quase 6 mil casos de sífilis, no primeiro semestre do ano passado. Nos últimos 10 anos, foram 56 mil casos registrados. 
Além disso, o estado teve mais de 1,6 mil casos de HIV notificados, apenas nos seis primeiros meses de 2019. Já a Aids, doença causada pelo HIV, atingiu mais de 98 mil pessoas no estado, nos últimos 20 anos. As hepatites mataram 8,5 mil habitantes do estado fluminense, de 2000 a 2017. Os dados são dos últimos Boletim Epidemiológicos , divulgados pelo Ministério da Saúde.
A prevenção é a melhor forma de proteção das ISTs e o uso da camisinha é um hábito que precisa ser constante também entre os jovens dos municípios pequenos, como ressalta o diretor do Departamento de ISTs do Ministério da Saúde, Gerson Pereira.
“Não podemos relaxar no uso da camisinha. São importantes para diminuir o número de infecções sexualmente transmissíveis. Então, a gente precisa trabalhar com os jovens, no sentido de alertar que a camisinha é importante e o uso dela livra das ISTs.”
Este ano, o Ministério da Saúde pretende distribuir mais de 570 milhões de camisinhas. A quantidade representa um aumento de 12 por cento em relação ao número de camisinhas distribuídas no ano passado, quando foram enviadas 509,9 milhões aos estados.
Além disso, todas as unidades de saúde do SUS contam com testes rápidos ou laboratoriais para ISTs. Apenas para o diagnóstico da sífilis, serão distribuídos quase 14 milhões de testes rápidos em todo país.
Proteja-se! Usar camisinha é uma responsa de todos. Se notar sinais de uma infecção Sexualmente Transmissível (IST), procure uma unidade de saúde e informe-se. Saiba mais em: saude.gov.br/ist. Ministério da Saúde, Governo Federal. Pátria Amada, Brasil. 

 
Arte: Ítalo Novais/Sabrine Cruz

Daniel Marques

 

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