Apenas nos seis primeiros meses de 2019, a sífilis infectou duas pessoas na região
A
população dos municípios pequenos do centro fluminense precisa se
prevenir das infecções sexualmente transmissíveis, as ISTs, como HIV,
gonorreia, hepatites virais e sífilis. Essas doenças são transmitidas de
uma pessoa a outra por meio de contato sexual desprotegido, ou seja,
sem o uso da camisinha.
Na microrregião de Santa Maria Madalena,
onde estão os municípios de Trajano de Moraes, Santa Maria Madalena e
São Sebastião do Alto, as infecções por sífilis entre a população
tiveram aumento de 400%, em apenas um ano, de 2017 a 2018. Apenas nos
seis primeiros meses de 2019, a sífilis infectou duas pessoas na região.
Trajano de Moraes se destaca com 4 casos, registrados em 2018. Os dados
são do DataSUS.
As autoridades em saúde alertam que a
negligência no uso de camisinha e a crença de que essas doenças são
problemas apenas das cidades grandes podem ser fatores que contribuem
para aumento das ISTs. É o que explica o médico da Secretaria de Saúde
do Rio de Janeiro, Alexandre Chieppe.
“Existem diversos motivos para a
população de jovens ser mais acometida pelas infecções sexualmente
transmissíveis. Primeiro, porque é um público que não viveu o período de
grande incidência de HIV/AIDS. Não conviveu com pessoas famosas,
grandes ídolos, morrendo pela Aids. Então, há uma tendência de
relaxamento em relação ao uso da camisinha, principalmente. Segundo que é
um público que tem tendência a se arriscar mais.”
O Rio de Janeiro registrou, ao todo,
quase 6 mil casos de sífilis, no primeiro semestre do ano passado. Nos
últimos 10 anos, foram 56 mil casos registrados.
Além disso, o estado teve mais de 1,6
mil casos de HIV notificados, apenas nos seis primeiros meses de 2019.
Já a Aids, doença causada pelo HIV, atingiu mais de 98 mil pessoas no
estado, nos últimos 20 anos. As hepatites mataram 8,5 mil habitantes do
estado fluminense, de 2000 a 2017. Os dados são dos últimos Boletim
Epidemiológicos , divulgados pelo Ministério da Saúde.
A prevenção é a melhor forma de proteção
das ISTs e o uso da camisinha é um hábito que precisa ser constante
também entre os jovens dos municípios pequenos, como ressalta o diretor
do Departamento de ISTs do Ministério da Saúde, Gerson Pereira.
“Não podemos relaxar no uso da
camisinha. São importantes para diminuir o número de infecções
sexualmente transmissíveis. Então, a gente precisa trabalhar com os
jovens, no sentido de alertar que a camisinha é importante e o uso dela
livra das ISTs.”
Este ano, o Ministério da Saúde pretende
distribuir mais de 570 milhões de camisinhas. A quantidade representa
um aumento de 12 por cento em relação ao número de camisinhas
distribuídas no ano passado, quando foram enviadas 509,9 milhões aos
estados.
Além disso, todas as unidades de saúde
do SUS contam com testes rápidos ou laboratoriais para ISTs. Apenas para
o diagnóstico da sífilis, serão distribuídos quase 14 milhões de testes
rápidos em todo país.
Proteja-se! Usar camisinha é uma
responsa de todos. Se notar sinais de uma infecção Sexualmente
Transmissível (IST), procure uma unidade de saúde e informe-se. Saiba
mais em: saude.gov.br/ist. Ministério da Saúde, Governo Federal. Pátria
Amada, Brasil.
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