Na microrregião onde estão os municípios de Estância, Indiaroba, Itaporanga d’Ajuda e Santa Luzia do Itanhi, a infecção por sífilis entre a população teve queda de 23%, em apenas um ano, de 2017 a 2018.
A
população dos municípios pequenos no sul do Sergipe precisa se prevenir
das infecções sexualmente transmissíveis, as ISTs, como HIV, gonorreia,
hepatites virais e sífilis. Essas doenças são transmitidas de uma
pessoa a outra por meio de contato sexual desprotegido, ou seja, sem o
uso da camisinha.
Na microrregião de Estância, onde estão
os municípios de Estância, Indiaroba, Itaporanga d’Ajuda e Santa Luzia
do Itanhi, a infecção por sífilis entre a população teve queda de 23%,
em apenas um ano, de 2017 a 2018. Porém, já nos seis primeiros meses de
2019, a sífilis infectou 27 pessoas na região. Os dados são do DataSUS.
As autoridades em Saúde alertam que a
negligência no uso de camisinha e a crença de que essas doenças são
problemas apenas das cidades grandes podem contribuir para aumento das
ISTs, principalmente, entre os jovens.
O gerente de IST/Aids de Sergipe, Almir
Santana, alerta que o uso da camisinha é a forma mais fácil e segura de
evitar as infecções sexualmente transmissíveis.
“Tem gente que não se considera em
situação de risco e tem relação sexual sem camisinha. Infelizmente,
muita gente está escolhendo não usar e termina infectado. Nós, no
Brasil, precisamos falar mais das ISTs. A orientação é o uso correto e
consistente da camisinha.”
Sergipe registrou, ao todo, 271 casos de
sífilis, no primeiro semestre do ano passado. Nos últimos 10 anos,
foram 6.768 casos registrados. Além disso, o estado teve 166 casos de
HIV notificados, apenas nos seis primeiros meses de 2019. Já a Aids,
doença causada pelo HIV, atingiu mais de 5 mil sergipanos nos últimos 20
anos. As hepatites virais mataram mais de 250 pessoas, de 2000 a 2017,
no estado. Os dados são dos últimos Boletins Epidemiológicos, divulgados
pelo Ministério da Saúde.
A prevenção é a melhor forma de proteção
das ISTs e o uso da camisinha é um hábito que precisa ser constante
também entre os jovens dos municípios pequenos, como ressalta o diretor
do Departamento de ISTs do Ministério da Saúde, Gerson Pereira.
“Se colocamos o jovem como prioridade
nessa campanha é porque a gente sabe, olhando os dados de sífilis, das
hepatites, do HIV/Aids, que essas doenças são mais frequentes, hoje, na
população de 15 a 29 anos. A prevenção maior dessas doenças é o uso da
camisinha.”
Este ano, o Ministério da Saúde pretende
distribuir mais de 570 milhões de camisinhas. A quantidade representa
um aumento de 12 por cento em relação ao número de camisinhas
distribuídas no ano passado, quando foram enviadas 509,9 milhões aos
estados.
Além disso, todas as unidades de saúde
do SUS contam com testes rápidos ou laboratoriais para ISTs. Apenas para
o diagnóstico da sífilis, serão distribuídos quase 14 milhões de testes
rápidos em todo país.
Proteja-se! Usar camisinha é uma
responsa de todos. Se notar sinais de uma infecção Sexualmente
Transmissível (IST), procure uma unidade de saúde e informe-se. Saiba
mais em: saude.gov.br/ist.
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