sexta-feira, 13 de março de 2020

População da microrregião de Estância (SE) precisa se prevenir das ISTs

Na microrregião onde estão os municípios de Estância, Indiaroba, Itaporanga d’Ajuda e Santa Luzia do Itanhi, a infecção por sífilis entre a população teve queda de 23%, em apenas um ano, de 2017 a 2018. 

Foto: Ministério da Saúde

A população dos municípios pequenos no sul do Sergipe precisa se prevenir das infecções sexualmente transmissíveis, as ISTs, como HIV, gonorreia, hepatites virais e sífilis. Essas doenças são transmitidas de uma pessoa a outra por meio de contato sexual desprotegido, ou seja, sem o uso da camisinha. 
Na microrregião de Estância, onde estão os municípios de Estância, Indiaroba, Itaporanga d’Ajuda e Santa Luzia do Itanhi, a infecção por sífilis entre a população teve queda de 23%, em apenas um ano, de 2017 a 2018.  Porém, já nos seis primeiros meses de 2019, a sífilis infectou 27 pessoas na região. Os dados são do DataSUS.
As autoridades em Saúde alertam que a negligência no uso de camisinha e a crença de que essas doenças são problemas apenas das cidades grandes podem contribuir para aumento das ISTs, principalmente, entre os jovens.
O gerente de IST/Aids de Sergipe, Almir Santana, alerta que o uso da camisinha é a forma mais fácil e segura de evitar as infecções sexualmente transmissíveis. 
“Tem gente que não se considera em situação de risco e tem relação sexual sem camisinha. Infelizmente, muita gente está escolhendo não usar e termina infectado. Nós, no Brasil, precisamos falar mais das ISTs. A orientação é o uso correto e consistente da camisinha.”

Arte: Ítalo Novais/ Sabrine Cruz

Sergipe registrou, ao todo, 271 casos de sífilis, no primeiro semestre do ano passado. Nos últimos 10 anos, foram 6.768 casos registrados. Além disso, o estado teve 166 casos de HIV notificados, apenas nos seis primeiros meses de 2019. Já a Aids, doença causada pelo HIV, atingiu mais de 5 mil sergipanos nos últimos 20 anos. As hepatites virais mataram mais de 250 pessoas, de 2000 a 2017, no estado. Os dados são dos últimos Boletins Epidemiológicos, divulgados pelo Ministério da Saúde.
A prevenção é a melhor forma de proteção das ISTs e o uso da camisinha é um hábito que precisa ser constante também entre os jovens dos municípios pequenos, como ressalta o diretor do Departamento de ISTs do Ministério da Saúde, Gerson Pereira.   
“Se colocamos o jovem como prioridade nessa campanha é porque a gente sabe, olhando os dados de sífilis, das hepatites, do HIV/Aids, que essas doenças são mais frequentes, hoje, na população de 15 a 29 anos. A prevenção maior dessas doenças é o uso da camisinha.”
Este ano, o Ministério da Saúde pretende distribuir mais de 570 milhões de camisinhas. A quantidade representa um aumento de 12 por cento em relação ao número de camisinhas distribuídas no ano passado, quando foram enviadas 509,9 milhões aos estados.
Além disso, todas as unidades de saúde do SUS contam com testes rápidos ou laboratoriais para ISTs. Apenas para o diagnóstico da sífilis, serão distribuídos quase 14 milhões de testes rápidos em todo país.
Proteja-se! Usar camisinha é uma responsa de todos. Se notar sinais de uma infecção Sexualmente Transmissível (IST), procure uma unidade de saúde e informe-se. Saiba mais em: saude.gov.br/ist.

Agência do Rádio

 

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