terça-feira, 28 de abril de 2020

AC: FIEAC lança cartilha com serviços oferecidos na região por bancos durante pandemia

Com documento, empresário recebe informações sobre financiamento da folha de pagamento e capital de giro para empresas, por exemplo

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

A crise do novo coronavírus afetou e muito a capacidade de investimento das empresas brasileiras. Com isso, a necessidade por crédito aumentou, ao mesmo tempo em que se tornou mais difícil conseguir empréstimos. Para tentar facilitar esse processo, a Federação das Indústrias do Acre (FIEAC) fez um levantamento de todos os serviços emergenciais oferecidos na região por bancos, como a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e o Banco da Amazônia. 
Por meio de uma cartilha, o empresário recebe informações sobre as alternativas para financiamento da folha de pagamento, capital de giro para empresas e condições especiais para compra de máquinas e equipamentos, por exemplo. Além disso, o presidente da FIEAC, José Adriano Ribeiro, explica que o objetivo é colher dados sobre as dificuldades de acesso ao crédito neste momento de crise. 
“Os governos dizem que as linhas de crédito estão à disposição. Os bancos confirmam que estão à disposição. Mas o empresário não consegue ter acesso a essa linha de crédito porque as condições colocadas são as mesmas de um momento em que a economia caminha a passos largos”, pontua. 
“O nosso trabalho vai ser reunir o maior número de situações negativas e dificuldades do setor e mostrar para a população e autoridades que não está funcionando esse formato colocado à disposição do empresário”, complementa Ribeiro.
Um canal de comunicação para os empresários fazerem denúncias e relatarem dificuldades de acesso ao crédito é o e-mail astec@fieac.org.br. Mais informações também podem ser consultadas no site fieac.org.br.  
A iniciativa é uma forma de reduzir os impactos da crise provocada pela pandemia de covid-19 no estado, que decretou calamidade pública em 22 de março. Desde o mês passado, um comitê, com representantes do governo e do setor produtivo, se reúne para discutir soluções e apresentar propostas de incentivo às empresas, especialmente na área econômica.


Esforço nacional

Assim como a FIEAC, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), o Serviço Social da Indústria (SESI), o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e as Federações das Indústrias dos demais estados e do DF têm levado informação e tomado medidas para reduzir os impactos econômicos e preservar vidas por meio da campanha nacional “A indústria contra o coronavírus”.  
Dentro das fábricas, o setor redobrou as medidas de prevenção e vigilância para impedir a disseminação do coronavírus entre os trabalhadores, principalmente os que não estão em isolamento. O diretor de Educação e Tecnologia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rafael Lucchesi, explica que o setor industrial tem se adaptado à crise, seguindo à risca as recomendações das autoridades públicas de saúde.
“É mais importante salvar vidas. Ao mesmo tempo, a indústria precisa se ajustar a essas novas circunstâncias. Então, a CNI tem feito um conjunto de propostas, a de diferimento (adiamento) e parcelamento de dívidas fiscais e tributárias, para dar mais oxigênio às empresas”, aponta Lucchesi.
 

Daniel Marques

 

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