Com documento, empresário recebe informações sobre financiamento da folha de pagamento e capital de giro para empresas, por exemplo
A
crise do novo coronavírus afetou e muito a capacidade de investimento
das empresas brasileiras. Com isso, a necessidade por crédito aumentou,
ao mesmo tempo em que se tornou mais difícil conseguir empréstimos. Para
tentar facilitar esse processo, a Federação das Indústrias do Acre
(FIEAC) fez um levantamento de todos os serviços emergenciais oferecidos
na região por bancos, como a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil
e o Banco da Amazônia.
Por meio de uma cartilha,
o empresário recebe informações sobre as alternativas para
financiamento da folha de pagamento, capital de giro para empresas e
condições especiais para compra de máquinas e equipamentos, por exemplo.
Além disso, o presidente da FIEAC, José Adriano Ribeiro, explica que o
objetivo é colher dados sobre as dificuldades de acesso ao crédito neste
momento de crise.
“Os governos dizem que as linhas de
crédito estão à disposição. Os bancos confirmam que estão à disposição.
Mas o empresário não consegue ter acesso a essa linha de crédito porque
as condições colocadas são as mesmas de um momento em que a economia
caminha a passos largos”, pontua.
“O nosso trabalho vai ser reunir o maior
número de situações negativas e dificuldades do setor e mostrar para a
população e autoridades que não está funcionando esse formato colocado à
disposição do empresário”, complementa Ribeiro.
Um canal de comunicação para os
empresários fazerem denúncias e relatarem dificuldades de acesso ao
crédito é o e-mail astec@fieac.org.br. Mais informações também podem ser
consultadas no site fieac.org.br.
A iniciativa é uma forma de reduzir os
impactos da crise provocada pela pandemia de covid-19 no estado, que
decretou calamidade pública em 22 de março. Desde o mês passado, um
comitê, com representantes do governo e do setor produtivo, se reúne
para discutir soluções e apresentar propostas de incentivo às empresas,
especialmente na área econômica.
Esforço nacional
Assim como a FIEAC, a Confederação
Nacional da Indústria (CNI), o Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial (SENAI), o Serviço Social da Indústria (SESI), o Instituto
Euvaldo Lodi (IEL) e as Federações das Indústrias dos demais estados e
do DF têm levado informação e tomado medidas para reduzir os impactos
econômicos e preservar vidas por meio da campanha nacional “A indústria
contra o coronavírus”.
Dentro das fábricas, o setor redobrou as
medidas de prevenção e vigilância para impedir a disseminação do
coronavírus entre os trabalhadores, principalmente os que não estão em
isolamento. O diretor de Educação e Tecnologia da Confederação Nacional
da Indústria (CNI), Rafael Lucchesi, explica que o setor industrial tem
se adaptado à crise, seguindo à risca as recomendações das autoridades
públicas de saúde.
“É mais importante salvar vidas. Ao
mesmo tempo, a indústria precisa se ajustar a essas novas
circunstâncias. Então, a CNI tem feito um conjunto de propostas, a de
diferimento (adiamento) e parcelamento de dívidas fiscais e tributárias,
para dar mais oxigênio às empresas”, aponta Lucchesi.
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