quinta-feira, 30 de abril de 2020

Ele foi Floriano Peixoto Ex-presidente do Brasil

Floriano Vieira Peixoto nasceu no engenho Riacho Grande, em Ipioca, Alagoas, no dia 30 de abril de 1839. Foi o quinto de dez filhos do lavrador Manuel Vieira de Araújo Peixoto e de Joaquina de Albuquerque Peixoto. Foi criado pelo tio e padrinho, coronel José Vieira de Araújo Peixoto. Cursou o primário em Maceió e aos 16 anos foi para o Colégio São Pedro de Alcântara no Rio de Janeiro.

Floriano Peixoto

 Floriano Peixoto (1839-1895) foi um político e militar brasileiro, o segundo presidente republicano na chamada República Velha. O “Marechal de Ferro” ficou no poder de 23 de novembro de 1891 até 15 de novembro de 1894. Sucedeu ao também militar Deodoro da Fonseca. O período que vai de 1889 a 1894, ficou conhecido como "República da Espada", em virtude da condição militar dos dois primeiros presidentes do Brasil.

Carreira Militar

Em 1857, Floriano Peixoto alistou-se no Exército. Em 1861 ingressou na Escola Militar. Em 1863 recebeu a patente de primeiro-tenente. Servia em Bagé, no Rio grande do Sul quando irrompeu a Guerra do Paraguai. Participou da retomada de Uruguaiana e de outras importantes ações militares, inclusive a batalha final em Cerro Corá, quando foi morto Solano López.
Terminada a guerra. Floriano recebeu a Medalha Geral da Campanha e diversas outras condecorações. Foi promovido a tenente-coronel e concluiu o curso de ciências físicas e matemáticas, interrompido pela guerra. Serviu depois no Amazonas, em Alagoas e Pernambuco, onde foi diretor do arsenal de guerra.
Em 1883, Floriano Peixoto foi promovido a brigadeiro e em 1884 assumiu a presidência da província de Mato Grosso, cargo que ocupou por um ano. Depois de um breve afastamento, em 1889 foi investido no comando da 2ª. Brigada do Exército e nomeado ajudante-general-de-campo, segundo posto depois de ministro da Guerra.

Vice-Presidente da República

Floriano Peixoto esteve distante das conspirações republicanas, porém o marechal Deodoro da Fonseca contava com sua solidariedade. A confirmação veio na noite de 15 de novembro de 1889, quando Floriano se recusou a cumprir a ordem do visconde de Ouro Preto para dispersar os corpos rebeldes da guarnição da capital reunidos no Campo de Santana.
Em 1890, Floriano Peixoto substituiu Benjamin Constant na pasta da Guerra. Candidato a primeiro vice-presidente da República elegeu-se pelo Congresso Constituinte em 25 de fevereiro de 1891.

Presidente do Brasil

Com a renúncia de Deodoro da Fonseca, em 23 de novembro do mesmo ano, Floriano Peixoto, então vice-presidente, assumiu a presidência da República, apoiado por uma ala militar e pelas oligarquias estaduais, o que lhe dava uma força de poder que seu antecessor não possuía.
Ao assumir o poder, a primeira medida de Floriano foi revogar o ato de dissolução do Congresso e depor os governadores que haviam apoiado o golpe de Deodoro. Tomou medidas drásticas para combater os oposicionistas que exigiam novas eleições baseados no artigo da constituição que determinava a convocação de eleições em caso de vaga na presidência antes do decurso de dois anos de mandato.
Por não realizar novas eleições, Floriano enfrentou as revoltas dos fortes de Santa Cruz e de Lages, no Rio de Janeiro, e um manifesto de treze generais que exigiam novas eleições. Demonstrando uma evidente atitude de força, Floriano mandou fuzilar o cabeça da revolta do forte de Santa Cruz e exonerou os treze generais.
Em meio à agitação popular, no dia 10 de abril, “O Marechal de Ferro” (apelido dado a Floriano) baixou um decreto suspendendo por 72 horas as garantias constitucionais e ordenou a prisão e desterros em massa, principalmente de políticos e jornalistas, entre eles José do Patrocínio. Pressionado, o Congresso aprovou medida que legitimava o mandato presidencial até 15 de novembro de 1894 e Floriano decretou anistia geral.

Consolidação da República

O Presidente Floriano Peixoto teve ainda que enfrentar duas revoltas iniciadas em 1893: A Revolução Federalista, no Rio Grande do Sul e a Revolta da Armada, no Rio de Janeiro. Os dois movimentos acabaram por se unir, com o objetivo de depor o “marechal de ferro” e restaurar a monarquia.
Floriano rejeitou a oferta de apoio naval estrangeiro e com a chegada da nova esquadra que comprou, começou a combater os rebeldes que se asilaram em navios portugueses, provocando uma questão diplomática com Portugal e o corte de relações com este país. Com a deposição dos governos revolucionários do Paraná e Santa Catarina, e a violenta repressão aos rebeldes, com centenas de fuzilamentos, a revolução terminou e o Marechal de Ferro consolidou a República.
Ao terminar o mandato, em 1894, Floriano não compareceu à solenidade de posse do novo presidente, Prudente de Morais. Em seu nome, o cargo foi transmitido pelo ministro da justiça. Floriano seguiu para uma estação de repouso em Cambuquira, Minas Gerais, por recomendação médica.
Floriano Peixoto faleceu na estação de Divisa (hoje Floriano) no município de Barra Mansa, no Rio de Janeiro, no dia 29 de junho de 1895.

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