200 ex-alunos de corte e costura trabalham em três turnos para confeccionar itens; cada máscara custa ao estado R$ 0,90, já com insumos e mão de obra
Uma
parceria entre a Federação das Indústrias de Mato Grosso (FIEMT) e o
governo do estado vai mobilizar 200 profissionais de costura, em três
turnos, para a confecção de um milhão de máscaras faciais por mês. Os
itens, em falta no mercado, são essenciais para prevenir a covid-19.
O presidente da FIEMT, Gustavo de Oliveira, aponta que o pedido foi
feito pelas autoridades locais de saúde e que o trabalho de produção do
material será feito pelo SENAI. As atividades, segundo ele, já
começaram.
“Os equipamentos [de costura] foram trazidos para uma unidade em
Cuiabá. São 100 máquinas com capacidade de produção diária, em dois
turnos, de 20 mil máscaras. Com a implantação de um terceiro turno,
passando a 30 mil”, detalha Oliveira.
O SENAI mobilizou ex-alunos do curso de corte e costura, que foram
contratados pelo governo. Em contrapartida, o Executivo local
disponibiliza os insumos necessários para confecção, além de custear as
despesas de mão de obra. O material utilizado na fabricação é o TNT, que
passa por um processo de esterilização.
Com a produção feita pelo SENAI, cada máscara custa R$ 0,90, o que
gera uma economia de R$ 0,35 por unidade na comparação com o preço
cobrado no mercado. Levando em conta a produção mensal, o governo do
estado deixa de gastar R$ 350 mil.
“Essa ação está prevista para durar até cinco meses, uma produção que
pode chegar a cinco milhões de máscaras. Isso mostra que a capacidade
de produção do setor de confecção pode ser ajustada para atender outras
demandas, como essa de confecção de máscaras e outros equipamentos de
proteção individual”, acrescenta o presidente da FIEMT.
Inovação e saúde
Em nível nacional, o SENAI também atua para minimizar os efeitos da
crise causada pela covid-19. A instituição lançou o edital de inovação
para a indústria, que investirá em projetos destinados a prevenir,
diagnosticar e tratar a doença e que sejam de aplicação imediata. Isso
inclui, por exemplo, a recuperação de aparelhos danificados e aquisição e
produção de materiais essenciais para o enfrentamento da crise, como
álcool em gel e máscaras.
“A nossa atuação será no suprimento de problemas, como os testes
rápidos para a detecção da doença. No isolamento, ter uma gama ampla
desses testes vai ser de grande importância, bem como a fabricação de
ventiladores (respiradores). Estamos focando em ações que vão ao
encontro das necessidades da sociedade, do país e da indústria
brasileira”, afirma o diretor geral do SENAI, Rafael Lucchesi.
O investimento disponível para empresas e startups chega a R$ 30
milhões, se somadas as duas chamadas da licitação, e cada projeto poderá
captar até R$ 2 milhões. Para participar do edital de inovação, as
proposições podem ser realizadas por meio do Whatsapp, no número (61)
99628-7337 ou pelo e-mail combatecovid19@senaicni.com.br.
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