quarta-feira, 1 de abril de 2020

Para manter rotina de produção de setores essenciais, CNI pede que prazo de entrega do IRPF seja ampliado por 90 dias

Se pedido for aceito pelo governo, data final para entrega da declaração passaria de 30 de abril para 31 de julho; entidade defende que medida é para preservar contribuintes diante da pandemia

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) solicitou ao Ministério da Economia a prorrogação por 90 dias do prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). O pedido foi feito pelo presidente da entidade, Robson Braga de Andrade, para que os contribuintes tenham mais tempo de preencher as informações fiscais, em meio à pandemia do novo cornavírus. 
Caso o pedido seja aceito, a data limite para entrega da declaração passaria de 30 de abril para 31 de julho. Em carta enviada ao secretário especial da Receita Federal, José Tostes Neto, a CNI argumenta que medida é necessária porque “com as medidas de urgência adotadas para diminuir as contaminações pela doença, como a necessidade de isolamento social e de quarentena, muitas categorias profissionais estão inteiramente dedicadas a reduzir os efeitos negativos do coronavírus”.
O documento também ressalta que o adiamento pode evitar que as declarações sejam preenchidas de forma equivocada, o que pode causar impacto econômico sobre o contribuinte em um momento de dificuldades financeiras. “A medida tem o objetivo, sobretudo, de evitar uma sobrecarga para as diversas categorias profissionais que vêm se dedicando a garantir o regular funcionamento de atividades essenciais para que a sociedade brasileira consiga atravessar a grave crise que enfrenta, em decorrência da pandemia da Covid-19", afirma o presidente da CNI na carta.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional) fizeram pedidos semelhantes. A OAB também sugeriu a prorrogação por 90 dias, enquanto o Sindifisco propôs adiamento de um mês para entrega do IR. A Receita Federal avalia o pedido, mas não definiu prazo para dar uma resposta formal.



Além da prorrogação do Imposto de Renda, a CNI também solicitou a autoridades do Executivo e do Legislativo, no último dia 18, o adiamento, por 90 dias, do pagamento de todos os tributos federais das empresas e da apresentação das obrigações acessórias, como a Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS), a Contribuição Social sobre o Faturamento das Empresas (COFINS) e o Imposto sobre Produto Industrializado (IPI).
Inovação 
Para reduzir o desabastecimento de insumos na área da saúde, o SENAI lançou um edital de inovação para atender a demanda de respiradores, álcool em gel, máscaras e manutenção de equipamentos necessários no combate à Covid-19. O investimento disponível para empresas e startups chega a R$ 30 milhões, se somadas as duas chamadas da licitação, e cada projeto poderá captar até R$ 2 milhões. Os resultados devem ser apresentados em até 40 dias.
“A nossa atuação será no suprimento desses problemas, como os testes rápidos para a detecção da doença. No isolamento, ter uma gama ampla desses testes vai ser de grande importância, bem como a fabricação de ventiladores (respiradores)”, detalha o diretor de Educação e Tecnologia da CNI, Rafael Lucchesi. 
As inscrições podem ser feitas no site do Edital de Inovação. As proposições podem ser realizadas por meio do WhatsApp, no número (61) 99628-7337 ou pelo e-mail combatecovid19@senaicni.com.br.
A educação também tem sido aliada nesse período em que milhões de brasileiros precisam ficar confinados dentro de casa. Por isso, o SENAI abriu vagas gratuitas em cursos a distância voltados à indústria 4.0, com temas ligados à tecnologia. Os cursos têm carga horária de 20 horas e estarão disponíveis até junho. Para ter acesso aos cursos e às vagas, basta acessar a plataforma Mundo SENAI e fazer um cadastro simples.  
Em relação aos cuidados com a saúde dentro das fábricas, o SESI lançou uma cartilha online que traz recomendações que vão desde como identificar casos suspeitos, formas de transmissão e grupos de maior risco para a Covid-19, até um passo a passo para ajudar empresas a criarem planos de contingenciamento da doença e a envolverem fornecedores e operadoras no combate à pandemia.
Além do SESI e do SENAI, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e as Federações das Indústrias dos 26 estados e do DF têm levado informação e tomado medidas para reduzir os impactos econômicos e preservar vidas por meio da campanha nacional “A indústria contra o coronavírus”. O principal objetivo é amenizar os efeitos da Covid-19 e proteger quem produz e quem consome. Mais detalhes sobre as ações de cada instituição podem ser acessados pelas redes sociais.


Agência do Rádio

 

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