terça-feira, 5 de maio de 2020

Governo estuda medidas para conter a propagação do vírus em comunidades

323 mil cestas básicas serão doadas a comunidades tradicionais

Foto: Agência Brasil

As comunidades quilombolas já são afetadas pela pandemia do novo coronavírus: até o momento, 17 moradores dessas comunidades tradicionais já morreram de Covid-19. Uma morte está em investigação. São 63 casos confirmados da doença nesses locais. Os dados são da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas. As comunidades também sofrem com o desabastecimento, já que toda a cadeia de produção e fornecimento de alimentos foi afetada pela pandemia. Por isso, setores do governo se articulam para tentar garantir condições para que os quilombolas não fiquem sem alimento.
O Governo Federal anunciou que vai doar 323 mil cestas básicas, por meio do Plano de Contingência para Pessoas Vulneráveis, para comunidades indígenas e quilombolas.
“A nossa secretaria está gerenciando um recurso de 41 milhões para execução de dois Termos de Execução Descentralizada (TEDs). A partir de um TED que o ministério desenvolveu com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vamos adquirir e destinar alimentos por meio de cestas básicas, para indígenas e quilombolas. Serão 161 mil famílias atendidas, 154 mil são famílias indígenas e 7.309 são famílias quilombolas do Brasil”, destaca Sandra Terena, secretária nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). De acordo com a pasta, cada família vai receber duas cestas básicas.
Outra medida é a destinação de R$ 1,5 bilhão para custeio de merenda escolar de áreas onde há comunidades indígenas e quilombolas. De acordo com o ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, as medidas emergenciais em comunidades vulneráveis somam R$ 4,7 bilhões. Esse número inclui os R$ 3,2 bilhões que serão destinados devido ao programa de auxílio emergencial, que vai prover renda de R$ 600 por mês para trabalhadores informais.
Outras ações de auxílio a quilombolas partem da Fundação Palmares, entidade criada para zelar a cultura negra no Brasil. O órgão solicitou que o Ministério da Saúde faça a distribuição de kits de higiene nas comunidades e envio de médicos a áreas de difícil acesso. Outra frente de trabalho da instituição é na orientação dos moradores das comunidades. Uma cartilha chamada “Não Leve a Covid-19 pro Quilombo” foi produzida e distribuída nessas regiões, com orientações para evitar a propagação da doença.

 


Daniel Marques

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