323 mil cestas básicas serão doadas a comunidades tradicionais
As
comunidades quilombolas já são afetadas pela pandemia do novo
coronavírus: até o momento, 17 moradores dessas comunidades tradicionais
já morreram de Covid-19. Uma morte está em investigação. São 63 casos
confirmados da doença nesses locais. Os dados são da Coordenação
Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas. As
comunidades também sofrem com o desabastecimento, já que toda a cadeia
de produção e fornecimento de alimentos foi afetada pela pandemia. Por
isso, setores do governo se articulam para tentar garantir condições
para que os quilombolas não fiquem sem alimento.
O Governo Federal anunciou que vai doar
323 mil cestas básicas, por meio do Plano de Contingência para Pessoas
Vulneráveis, para comunidades indígenas e quilombolas.
“A nossa secretaria está gerenciando um
recurso de 41 milhões para execução de dois Termos de Execução
Descentralizada (TEDs). A partir de um TED que o ministério desenvolveu
com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vamos adquirir e
destinar alimentos por meio de cestas básicas, para indígenas e
quilombolas. Serão 161 mil famílias atendidas, 154 mil são famílias
indígenas e 7.309 são famílias quilombolas do Brasil”, destaca Sandra
Terena, secretária nacional de Políticas de Promoção da Igualdade
Racial, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos
(MMFDH). De acordo com a pasta, cada família vai receber duas cestas
básicas.
Outra medida é a destinação de R$ 1,5
bilhão para custeio de merenda escolar de áreas onde há comunidades
indígenas e quilombolas. De acordo com o ministério da Mulher, da
Família e dos Direitos Humanos, as medidas emergenciais em comunidades
vulneráveis somam R$ 4,7 bilhões. Esse número inclui os R$ 3,2 bilhões
que serão destinados devido ao programa de auxílio emergencial, que vai
prover renda de R$ 600 por mês para trabalhadores informais.
Outras ações de auxílio a quilombolas
partem da Fundação Palmares, entidade criada para zelar a cultura negra
no Brasil. O órgão solicitou que o Ministério da Saúde faça a
distribuição de kits de higiene nas comunidades e envio de médicos a
áreas de difícil acesso. Outra frente de trabalho da instituição é na
orientação dos moradores das comunidades. Uma cartilha chamada “Não Leve
a Covid-19 pro Quilombo” foi produzida e distribuída nessas regiões,
com orientações para evitar a propagação da doença.


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