segunda-feira, 11 de maio de 2020

Governo Federal cria dispositivo para descontaminar máscaras N95

O Governo Federal não tem medido esforços para combater os impactos da Covid-19 no Brasil

Foto: Ministério Público do Estado de Goiás/Fernando Zhiminaceila

O Governo Federal não tem medido esforços para combater os impactos da Covid-19 no Brasil. E entre as principais iniciativas estão as aquisições de produtos de proteção de uso médico-hospitalar. No entanto, esse tipo de equipamento está em falta em grande parte do mercado mundial em decorrência da pandemia do novo coronavírus.
Com o intuito de minimizar a situação da falta das máscaras N95, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) e o Rotary Club, está desenvolvendo um dispositivo para descontaminar máscaras N95 utilizando radiação ultravioleta (UV). A ação é para ajudar os estados e municípios que necessitam do equipamento com urgência para tratar pacientes infectados pela Covid-19 no Brasil.
O equipamento de proteção individual (EPI) é indicado para trabalhadores que estão expostos a ambientes contaminados. As máscaras N95 tem 95% de capacidade de filtração e resistência a materiais particulados. 
O projeto de descontaminação inicialmente vai auxiliar seis unidades de saúde, entre eles o Hospital de Base, localizado em Brasília (DF), como explica o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Marcos Pontes.
“Estamos desenvolvendo esse sistema para descontaminar essas máscaras utilizando radiação ultravioleta. Essas máscaras vão ser utilizadas no sistema médico-hospitalar. Essa tecnologia já está sendo testada e vamos utilizar inicialmente em seis hospitais, entre eles o Hospital de Base de Brasília e o Hospital Regional da Asa Norte”, disse.
O professor do Instituto de Física da Universidade de Brasília (UnB), Pedro Henrique de Oliveira Neto, que participa na construção do projeto explica como funciona o método de descontaminação. “Essa luz age no vírus prejudicando a sua reprodução. Com isso, a gente consegue descontaminar. Essa luz UV-C é usualmente utilizada para descontaminação. Ela é um germicida. Serve também para descontaminação de vírus, fungos, bactérias entre outros microrganismos patogênicos”. 
O equipamento que fará a descontaminação das máscaras N95 está em fase de testes e a previsão é de que 6 protótipos estejam prontos até o fim deste mês de maio. O ministro Marcos Pontes, destaca ainda o tempo médio para a descontaminação dos equipamentos.
“Com relação a questão da descontaminação de máscaras N95. Isso é feito para reutilizar essas máscaras usando radiação ultravioleta. O dispositivo é como se fosse um pequeno armário onde você coloca dezenas dessas máscaras ao mesmo tempo. O tempo para descontaminar demora de 15 a 30 minutos. A efetividade disso está sendo verificada pelo ministério junto com o Ministério da Saúde e a Anvisa”, ressaltou. 
Os primeiros dispositivos de descontaminação biológica das máscaras N95 deverão ser testados por seis hospitais. Sendo dois hospitais no Distrito Federal, dois no estado de Goiás e dois no estado de Tocantins. Em Brasília as unidades selecionadas são o Hospital de Base de Brasília e o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN). Cinco dos equipamentos-piloto terão capacidade de descontaminar 96 máscaras e um outro, 240 máscaras.
O projeto de uso de ultravioleta para descontaminação dos equipamentos de proteção individual terá um investimento de R$ 160 mil. O recurso é do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, UnB e do Rotary Club.
Para mais informações acesse: www.mctic.gov.br


Agência do Rádio



Nenhum comentário:

Postar um comentário