O Governo Federal não tem medido esforços para combater os impactos da Covid-19 no Brasil
O
Governo Federal não tem medido esforços para combater os impactos da
Covid-19 no Brasil. E entre as principais iniciativas estão as
aquisições de produtos de proteção de uso médico-hospitalar. No entanto,
esse tipo de equipamento está em falta em grande parte do mercado
mundial em decorrência da pandemia do novo coronavírus.
Com o intuito de minimizar a situação da falta das máscaras N95, o
Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), em
parceria com a Universidade de Brasília (UnB) e o Rotary Club, está
desenvolvendo um dispositivo para descontaminar máscaras N95 utilizando
radiação ultravioleta (UV). A ação é para ajudar os estados e municípios
que necessitam do equipamento com urgência para tratar pacientes
infectados pela Covid-19 no Brasil.
O equipamento de proteção individual (EPI) é indicado para
trabalhadores que estão expostos a ambientes contaminados. As máscaras
N95 tem 95% de capacidade de filtração e resistência a materiais
particulados.
O projeto de descontaminação inicialmente vai auxiliar seis unidades
de saúde, entre eles o Hospital de Base, localizado em Brasília (DF),
como explica o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
(MCTIC), Marcos Pontes.
“Estamos desenvolvendo esse sistema para descontaminar essas máscaras
utilizando radiação ultravioleta. Essas máscaras vão ser utilizadas no
sistema médico-hospitalar. Essa tecnologia já está sendo testada e vamos
utilizar inicialmente em seis hospitais, entre eles o Hospital de Base
de Brasília e o Hospital Regional da Asa Norte”, disse.
O professor do Instituto de Física da Universidade de Brasília (UnB),
Pedro Henrique de Oliveira Neto, que participa na construção do projeto
explica como funciona o método de descontaminação. “Essa luz age no
vírus prejudicando a sua reprodução. Com isso, a gente consegue
descontaminar. Essa luz UV-C é usualmente utilizada para
descontaminação. Ela é um germicida. Serve também para descontaminação
de vírus, fungos, bactérias entre outros microrganismos patogênicos”.
O equipamento que fará a descontaminação das máscaras N95 está em
fase de testes e a previsão é de que 6 protótipos estejam prontos até o
fim deste mês de maio. O ministro Marcos Pontes, destaca ainda o tempo
médio para a descontaminação dos equipamentos.
“Com relação a questão da descontaminação de máscaras N95. Isso é
feito para reutilizar essas máscaras usando radiação ultravioleta. O
dispositivo é como se fosse um pequeno armário onde você coloca dezenas
dessas máscaras ao mesmo tempo. O tempo para descontaminar demora de 15 a
30 minutos. A efetividade disso está sendo verificada pelo ministério
junto com o Ministério da Saúde e a Anvisa”, ressaltou.
Os primeiros dispositivos de descontaminação biológica das máscaras
N95 deverão ser testados por seis hospitais. Sendo dois hospitais no
Distrito Federal, dois no estado de Goiás e dois no estado de Tocantins.
Em Brasília as unidades selecionadas são o Hospital de Base de Brasília
e o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN). Cinco dos
equipamentos-piloto terão capacidade de descontaminar 96 máscaras e um
outro, 240 máscaras.
O projeto de uso de ultravioleta para descontaminação dos
equipamentos de proteção individual terá um investimento de R$ 160 mil. O
recurso é do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações, UnB e do Rotary Club.
Para mais informações acesse: www.mctic.gov.br
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