Entidade tenta estimular operação de empresas durante a pandemia, em um esforço para preservar empregos e reduzir impactos econômicos do setor
“Produto
maranhense, melhor para nossa gente”. É com essa mensagem que a
Federação das Indústrias do Maranhão (FIEMA), por meio de uma campanha
digital, incentiva a população a comprar itens produzidos no estado. Com
isso, a entidade tenta estimular a operação de empresas durante a
pandemia, em um esforço para preservar empregos e reduzir os impactos
econômicos do setor produtivo.
Por decisão judicial, o Maranhão foi o
primeiro estado brasileiro a decretar isolamento total, com medidas que
vão desde a suspensão de atividades não essenciais até o uso obrigatório
de máscara em todos os locais públicos. Com boa parte do comércio
fechado em São Luís, Paço do Lumiar, São José de Ribamar e Raposa até 15
de maio, a FIEMA recomenda que os moradores dessas cidades deem
preferência aos negócios locais, inclusive em compras pela internet.
“Quando o consumidor local opta por
consumir o que é produzido no Maranhão, ele está contribuindo com a
geração de mais emprego e renda, para a ampliação da arrecadação, para o
fortalecimento da indústria, do comércio e dos serviços locais, gerando
um círculo virtuoso, tendo um impacto direto na melhoria da qualidade
de vida daqueles que vivem no Maranhão”, ressalta o presidente da FIEMA,
Edilson Baldez das Neves.
Segundo ele, as artes da campanha podem
ser replicadas livremente por quem desejar promover empresas e autônomos
do estado. Mais informações podem ser acessadas em fiema.org.br e nos
perfis da FIEMA no Facebook e no Instagram.
Medidas contra a crise
Em outra iniciativa para amenizar a
queda nas vendas e no faturamento, a FIEMA entregou ao governador Flávio
Dino uma lista de medidas que podem dar sobrevida às empresas
instaladas no estado.
Entre as reinvindicações, estão o
comprometimento do governo estadual de não atrasar pagamentos de seus
fornecedores de serviços e produtos; a redução de tributos estaduais
incidentes sobre os serviços públicos de energia, água, comunicação,
combustíveis e transporte; e a priorização em todas as compras, tanto na
administração direta como indireta, para a aquisição de bens produzidos
pela indústria maranhense, principalmente alimentos, produtos de
limpeza e higiene pessoal.
Em março, a entidade já havia pedido a
prorrogação por seis meses do pagamento do ICMS devido pelas empresas
cadastradas no Simples Nacional e solicitado que as companhias com
débitos não fossem inscritas na dívida ativa durante o período da crise
do novo coronavírus.
“Essas reivindicações que a FIEMA fez
tem o propósito de permitir que essas indústrias tenham fôlego em seu
orçamento, tenham condições de atravessar esse momento de dificuldade e
possam reduzir os resultados negativos”, pontua o superintendente da
FIEMA, César Miranda.
Uma consulta realizada pela Coordenação
de Ações Estratégicas da Federação das Indústrias do Maranhão, entre 15 e
21 de abril, revelou que 88,1% das empresas consultadas tiveram a
produção afetada negativamente. As principais dificuldades relatadas
pelos empresários estão relacionadas à logística de transportes, à
obtenção de insumos ou matérias-primas e ao honrar pagamentos
rotineiros, como tributos e salários.
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