sexta-feira, 29 de maio de 2020

Número de máscaras doadas pelo SENAI a moradores do DF já passa de 300 mil

Força-tarefa mobilizou pequenos empresários, que compõem o setor de vestuário local, para produção do material

Foto: Moacir Evangelista/Sistema FIbra

A força-tarefa coordenada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) do DF já entregou 300 mil máscaras de tecido reutilizáveis para serem doadas à população de Brasília. O número, atualizado no último dia 20, é parte do primeiro lote dos equipamentos de proteção, que estão sendo produzidos com a participação do SENAI e do Instituto Euvaldo Lodi (IEL). O convênio para produção de máscaras também conta com a participação do Banco de Brasília (BRB) e o Sindicato das Indústrias do Vestuário (Sindiveste/DF).
Pelo acordo, as empresas recebem tecido e elásticos e ficam responsáveis pelo corte, costura e acabamento final da máscara. São micro e pequenas empresas que compõem 95% do setor de vestuário no DF.
“Conectados a esse processo, estarão 1.500 microempresários que [com a pandemia] ficaram desalentados, sem os negócios. Eles são coordenados pelo SENAI para que recebam uma renda”, pontua Jamal Bittar, presidente da Federação das Indústrias do DF.
Para custear os materiais e a compra das máscaras, o BRB empregou R$ 1 milhão. O restante do dinheiro será arrecadado por meio de doações feitas ao Comitê de Emergência Covid-19 do DF.
“As máscaras serão distribuídas em pontos estratégicos da cidade, em especial aqueles que têm muita passagem de pessoas. A gente espera, assim, contribuir para reduzir o impacto do coronavírus em Brasília”, acredita o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa.
A distribuição de máscaras faz parte do plano de reabertura do comércio no DF. Há quase um mês o uso do equipamento em locais públicos é obrigatório, sob pena de multa.
Apoio
O SENAI-DF também é um dos responsáveis por manter a capacidade de hospitais no atendimento a pacientes com covid-19. A unidade de Taguatinga vai trabalhar na manutenção de até 150 respiradores da rede pública de saúde do Distrito Federal. O serviço será feito gratuitamente durante 180 dias. A instituição também prestará apoio à área a partir da fabricação de protetores faciais do tipo ‘face shields’. Duzentas unidades já foram feitas em impressoras 3D e entregues a locais que atendem infectados pela doença.


 



Daniel Marques

Jornalista brasiliense formado pela Universidade de Brasília (UnB), com passagens em redações da capital. Trabalhou como repórter no Correio Braziliense e Rádio CBN, além de agências de comunicação. Atualmente, integra a redação do Brasil 61 com pautas de saúde e política.

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