Segundo
o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC),
Marcos Pontes, a bioeconomia é uma das prioridades da pasta sob sua
gestão. E no que depender da biodiversidade brasileira, os especialistas
na área concordam que o país tem grande potencial para se destacar no
cenário internacional.
“Eu acredito piamente que o uso da nossa
biodiversidade de forma sustentável é uma das soluções para que
possamos ter um crescimento vertiginoso em termos de riquezas, qualidade
de vida, desenvolvimento econômico e social”, disse Pontes em seminário
com integrantes da Frente Parlamentar Mista da Bioeconomia.
De acordo com o MCTIC, a bioeconomia
busca aliar o desenvolvimento de produtos, processos e serviços à
sustentabilidade. Ou seja, o setor busca solucionar problemas
relacionados à saúde, segurança hídrica, energética e alimentar,
químicos renováveis, aumento da produtividade agropecuária e energética
sem comprometer os ecossistemas.
Segundo Pontes, dominar a bioeconomia é
importante para evitar que o Brasil continue a depender da produção
externa, como ocorre em meio à pandemia do novo coronavírus. “Temos que
estar preparados para responder em termos de equipamentos e produção de
reagentes no país, porque em um momento desses a procura e a demanda são
muito grandes. O fato de termos concentrado a produção de equipamentos
na China ou de insumos na Índia e em outros países nos dá insegurança.”
Cenário atual
A cana de açúcar é o melhor e mais
famoso exemplo de como o Brasil tem capacidade para ser destaque na
bioeconomia mundial. O biocombustível etanol, por exemplo, é obtido a
partir da planta. Nesse segmento, o país é referência, afirma Eduardo do
Couto e Silva, diretor do Laboratório Nacional de Biorrenováveis, do
Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM).
“Brasil e Estados Unidos produzem cerca de 85% dos biocombustíveis no mundo. Essa é uma conquista de décadas das políticas públicas de incentivo, resiliência dos empresários do setor sucroenergético e a força da agricultura brasileira no fornecimento dessa biomassa.”
“Brasil e Estados Unidos produzem cerca de 85% dos biocombustíveis no mundo. Essa é uma conquista de décadas das políticas públicas de incentivo, resiliência dos empresários do setor sucroenergético e a força da agricultura brasileira no fornecimento dessa biomassa.”
Perspectivas
Segundo especialistas, o Brasil possui
todos os quesitos para ser se tornar um líder em bioeconomia em escala
global: maior biodiversidade do mundo, muita biomassa a um preço baixo e
agricultura desenvolvida e sustentável.
Para Eduardo, o futuro pode ser promissor se houver investimento em ciência e tecnologia. “Eu vejo grandes perspectivas para o futuro, porque o Brasil é reconhecido internacionalmente por possuir uma biomassa abundante, diversificada e de baixo custo e abriga uma das maiores biodiversidades do planeta, mas para isso chegar ao consumidor, precisamos de ciência e tecnologia”, avalia.
Organização Social financiada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o CNPEM, por exemplo, tem atuado em pesquisa e desenvolvimento em temas estratégicos de diversos setores da economia. A entidade desenvolve um estudo que avalia a possibilidade de usar a palha e o bagaço da cana de açúcar para gerar eletricidade, substituindo fontes fósseis mais poluidoras, como o diesel e, assim, reduzir a quantidade de gases lançados na atmosfera.
Para Eduardo, o futuro pode ser promissor se houver investimento em ciência e tecnologia. “Eu vejo grandes perspectivas para o futuro, porque o Brasil é reconhecido internacionalmente por possuir uma biomassa abundante, diversificada e de baixo custo e abriga uma das maiores biodiversidades do planeta, mas para isso chegar ao consumidor, precisamos de ciência e tecnologia”, avalia.
Organização Social financiada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o CNPEM, por exemplo, tem atuado em pesquisa e desenvolvimento em temas estratégicos de diversos setores da economia. A entidade desenvolve um estudo que avalia a possibilidade de usar a palha e o bagaço da cana de açúcar para gerar eletricidade, substituindo fontes fósseis mais poluidoras, como o diesel e, assim, reduzir a quantidade de gases lançados na atmosfera.
Bioeconomia em números
Dados da Organização para a Cooperação e
o Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostram que a bioeconomia movimenta
cerca de 2 trilhões de euros e é responsável por 22 milhões de empregos
em todo mundo. A organização estima que em 10 anos, 2,7% do PIB (Produto
Interno Bruto) de seus países membros virá do setor.
Formado
em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB), desde 2020 é
repórter do Brasil 61. Durante a graduação, cobriu Política e Economia
pelo jornal O Globo, além de Educação e Carreira pelo Correio
Braziliense.
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