A
pandemia do novo coronavírus não poupou até mesmo as tradicionais
festas juninas, que movimentam a economia de diversas cidades do país.
Os eventos em Caruaru (PE) e Campina Grande (PB), que disputam o título
de maior São João do mundo, não irão ocorrer presencialmente e
organizadores dessas festas se esforçam para a data não passar em
branco.
A prefeitura de Caruaru afirma que no ano passado o evento injetou R$
200 milhões na economia local. Com o objetivo de trazer um alívio
financeiro a diversos trabalhadores que perderam a habitual renda
trazida pela celebração, os organizadores da festa criaram a campanha
São João Caruaru Solidário, a ação tem como intuito arrecadar alimentos,
kits de higiene e dinheiro. Não há previsão de data para o evento neste
ano.
“Vamos ajudar milhares de famílias a passarem por esse momento tão
difícil, é claro que queríamos o São João como acontece todos os ano.
Mas, neste momento, precisamos preservar a nossa vida, a saúde da nossa
família e a nossa cidade”, disse a prefeita da cidade, Raquel Lyra.
No estado vizinho, o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues,
anunciou que o tradicional São João da cidade vai ocorrer em outubro,
caso não tenham mais restrições de isolamento. Em 2019, a festa
movimentou R$ 300 milhões na economia do município. Mas para não deixar a
data passar em branco, nos dias 23, 24 e 27 de junho, os organizadores
irão transmitir lives de diversos artistas, entre eles Elba Ramalho.
“Embora a prefeitura esteja fazendo a sua parte, acho que cada um
também pode contribuir. É um momento de isolamento social”, afirmou
Rodrigues no anúncio do adiamento.
Contribuição
Para ajudar os trabalhadores afetados com o cancelamento da festa
presencial do São João de Caruaru, acesse saojoaocaruarusolidario.com.br
ou se dirija a algum ponto de arrecadação de alimentos e produtos de
higiene, localizados na prefeitura da cidade e na ONG Lions
Internacional, situada na Rua Suíça, número 100, Bairro Universitário.
Paulo
Oliveira é formado pela Universidade de Brasília (UnB), já foi repórter
freelancer do jornal O Estado de São Paulo e repórter do SindSaúde DF.
Como estagiário, passou pelo Jornal Destak, TV Câmara e Rede Globo.
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