De acordo com o órgão, infraestrutura destinada a pessoas com outras doenças segue insuficiente; CFM também apontou desigualdades na distribuição dos leitos
A oferta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Brasil aumentou cerca de 45% desde o início da pandemia da Covid-19. O incremento de quase 20 mil leitos públicos e privados de UTI priorizou o atendimento de pacientes com o novo coronavírus, mas a infraestrutura para o atendimento de pessoas com outras doenças segue insuficiente. É o que aponta um levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM), divulgado nesta terça-feira (4).
Atualmente, o país tem 66,7 mil leitos de UTI, mas com o fim da pandemia, o Conselho alerta que parte dessa infraestrutura deve ser desativada e o sistema de saúde tenha que atender a pacientes com a Covid-19 e outras doenças sem ter condições para tal.
Sudeste e Nordeste concentram maior parte dos leitos de UTI para Covid-19 habilitados pelo MS
Excluindo-se os leitos exclusivos para Covid-19, 14 estados oferecem na rede pública uma proporção de leitos por 10 mil habitantes abaixo do que recomendam as autoridades em saúde. Além disso, o CFM aponta a desigualdade de acesso aos leitos de UTI. Enquanto na rede particular, são 5 leitos para cada 10 mil pessoas, no Sistema Único de Saúde (SUS) o número cai para apenas 1,1 leitos para cada 10 mil habitantes.
A análise mais adequada, que leva em conta a quantidade de leitos por 10 mil habitantes em cada estado, mostra que, das 14 unidades da federação com números inferiores ao recomendado, quatro delas (Goiás, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Sergipe) têm números inferiores à média nacional (1,1) para leitos SUS.
No recorte geográfico, o Sudeste — que tem a maior população — concentra 52% das unidades de terapia intensiva de todo o país. O Norte tem 5% dos leitos no Brasil.
Fonte: Brasil 61
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